Instituído pela ONU em 2005, pretende que não se esqueça o genocídio em massa de seis milhões de judeus pelos nazis e respetivos colaboracionistas. Foi um dos maiores crimes contra a Humanidade de que há memória. Mas, de igual modo, a instituição deste dia pretende educar para a tolerância e a paz, assim como alertar para o combate ao antissemitismo.
A este propósito, o Público lembra hoje que «o aumento de ataques contra judeus em todo o mundo fez de 2021 “o ano mais antissemita da última década”.
No último “Visto” abordámos a importância da valorização do “nós” face ao “eu”, pois o Homem é um ser gregário, vive em comunidade e, também nesse sentido, deve empenhar-se na resolução dos problemas da sua comunidade. Assim, é fundamental o respeito pela diferença, pela diversidade, como base de uma sã convivência de todos com todos.
Isso não foi seguido nos anos trinta do século passado em alguns países, designadamente na Alemanha, dominada pelo totalitarismo ditatorial de Hitler. A perseguição ao povo judeu é uma mancha na História da Europa que não pode ser esquecida. O Parlamento Europeu, muito a propósito, realizou no dia 27 uma sessão extraordinária sobre essa questão.
Porque não pode, não deve esquecer-se que o individuo, mesmo que visto na perspetiva de um povo, não tem o direito de se sobrepor a outros/outro, perseguindo, maltratando e exterminando através de atrocidades diabólicas, outras pessoas, um povo, mesmo.
Nenhum extremismo é justificável. Nem por motivo de raça, etnia, religião, orientação sexual, ou outro. Para que não se apaga da memória coletiva, revestem-se de especial importância os “Dias de…” Como este 27 de janeiro. Efetivamente, o Holocausto não pode ser esquecido, mesmo que já tenham passado 77 anos.
Recordar essa tragédia obriga-nos a refletir sobre os direitos das pessoas, enquanto indivíduo e comunidade, sobre os Direitos Humanos e o valor da solidariedade. O ódio nunca é solução. A solução será sempre ver, preferencialmente, o “nós” para construir o bem comum.