Sábado, 14 de Dezembro de 2024
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Barroso da Fonte
Barroso da Fonte
Escritor e Jornalista. Colunista n'A Voz de Trás-os-Montes

Quando se recebe mais do que se dá

A Comunidade Transmontana sediada na área urbana da grande Lisboa deu mais uma categórica prova da sua solidariedade ancestral, nos últimos dias de Fevereiro. Três Barrosões, um deles adoptivo, tiveram a ideia de convocar outros tantos seus conterrâneos ligados por factores comuns: data de nascimento, defesa da terra e das suas Gentes através da escrita, todos devedores ao seminário da cultura greco-latina que os orientou para o gosto pelos livros, pela antropologia, pela sociologia e pelo amor ao berço, também ele comum nos rigores do frio, da chuva, da neve, do gelo, da pastorícia, dos usos e dos costumes.

Os promotores quiseram chamar a atenção para aquilo que esse trio de homens comuns tem feito, ao longo dos seus setenta/oitenta anos, por esse berço que não foi de ouro, mas valeu mais do que se fosse dourado. É que não se teriam feito à vida, sempre a pulso, se não tivessem sentido na pele a dureza dos primeiros anos e se o receio de não se realizarem na lavoura, os não intimidasse, como a tantos outros que por ali ficaram. Partindo de metas similares, pedalaram a caminho da cidade. Aí chegados, competiram com eles, no combate da honestidade, do profissionalismo, do compromisso cívico consigo e com os outros.

Outros Transmontanos, igualmente valorosos, empreenderam outros desafios,

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