Terça-feira, 3 de Dezembro de 2024
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“Queremos fazer crescer o quadro ativo”

É um problema transversal a várias associações humanitárias, que se debatem com a falta de voluntários. O presidente da direção, José Luís Vilela defende que se devem “criar incentivos para captar gente, mas também é preciso gostar”.

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“Temos uma população envelhecida, com poucos jovens, que fogem para as grandes cidades. Aqui não há nada para dar, pelo que é necessário um incentivo a nível nacional para todos. Há outras entidades que têm regalias que nós também poderíamos ter”, sublinha o presidente, que vai no segundo mandato.

“As associações devem ser tratadas por igual, à sua realidade e à sua medida, nomeadamente no socorro”
Bruno Girão – Comandante

“Quando chegámos, encontrámos uma situação muito frágil, mas conseguimos ultrapassá-la mesmo com a pandemia e o aumento dos combustíveis. No ano passado, já apresentámos resultados positivos”. 

No entanto, a maior despesa mensal é com o pessoal e o combustível. “Temos sete funcionários, mas, mesmo assim, por vezes, temos de recusar serviços por falta de pessoal. Depois há ainda as empresas particulares a fazer transportes de doentes, que são pagas ao dobro do que pagam às associação humanitárias, que lhe vai faltando trabalho, quando é aumentado para os particulares, é uma injustiça”, lamenta, acrescentando que, antigamente, “dava-nos os serviços pela proximidade, agora fazem concursos públicos”.

“Estamos a fazer obras para melhorar o quartel, mas gostávamos de ter um novo”
José Luís Vilela – Presidente

Apesar das dificuldades, o comandante Bruno Girão refere que têm a necessidade de fazer crescer o quadro ativo, uma vez que alguns vão chegar aos 65 anos e vão para o quadro de honra. Estamos numa aldeia, pelo que faço um apelo para que se juntem aos bombeiros, que são aqueles que estão mais próximos da população, que confia em nós. É importante que as pessoas venham inscrever-se, porque não queremos que isto morra, pelo que esperamos que haja gente para abraçar esta nobre missão de ajudar o próximo”.

Um dos sonhos era a instalação de uma EIP . “Um dos requisitos é a comparticipação do município, que dê parecer favorável. No entanto, estamos abertos a qualquer outra solução, se a Autoridade Nacional de Proteção Civil a quiser financiar a equipa a 100%, nós estamos aptos a recebê-los”.


Pode consultar o suplemento dedicado aos bombeiros AQUI

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