Sexta-feira, 6 de Dezembro de 2024
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Rastreio da retinopatia diabética vai chegar a toda a região até Outubro

A Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte lançou, em Abril, nos concelhos do Douro Sul, um rastreio da retinopatia diabética que, em seis meses, já envolveu mais de dois mil diabéticos. Na sua próxima fase, o programa vai abranger a restante área de intervenção do Centro Hospitalar de Trás-os- -Montes e Alto Douro.

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Até Outubro vai chegar ao distrito de Vila Real um programa de rastreio da retinopatia diabética que tem como objectivo final abranger toda a zona Norte, um investimento de 6,7 milhões de euros por ano na prevenção da cegueira provocada pela doença que afecta centenas de milhares de pessoas em toda a região.

Promovido pela Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte, o programa arrancou a 19 de Abril, tendo sido já rastreados, no centro oftalmológico do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD), mais de dois mil utentes da região do Douro Sul, nomeadamente dos concelhos de Tarouca, Armamar, Tabuaço, Penedono, São João da Pesqueira e Sernancelhe.

Contando com uma taxa de participação de 61 por cento, o programa está prestes a ser alargado para os concelhos do Douro Norte (Alijó, Mesão Frio, Murça, Peso da Régua, Sabrosa, Santa Marta de Penaguião e Vila Real) e Alto Tâmega (Boticas, Chaves, Montalegre, Ribeira de Pena, Valpaços e Vila Pouca de Aguiar), onde estão referenciados cerca de 25 mil diabéticos, prevendo-se que chegue a toda a região Norte até 2012.

Com o objectivo de manter os doentes diabéticos controlados no aspecto oftalmológico, o programa prevê que dos 100 mil utentes a participar no rasteio, cerca de 10 mil poderão precisar de tratamento.

Actualmente, o centro oftalmológico da Régua está a rastrear os pacientes de Lamego, sendo de realçar que os utentes são referenciados nos centros de saúde enquanto doentes diabéticos, para depois serem chamados para fazer o rastreio.

Diariamente são mais de cinquenta os utentes que se deslocam dos vários concelhos do Douro Sul, com transporte gratuito garantido pelas respectivas câmaras municipais, para a Régua, dos quais cerca de cinco por cento precisa de tratamento.

Num território com cerca de 25 mil diabéticos referenciados, o objectivo é passar de uma taxa de participação de 61 por cento para 90 por cento.

A retinopatia diabética “é uma manifestação ocular da diabetes e uma das principais causas de cegueira”. “O aumento dos níveis de açúcar no sangue (glicemia), que caracteriza a diabetes, causa alterações nos pequenos vasos sanguíneos da retina no interior do olho. Os vasos alterados deixam sair líquido e sangue para a retina, reduzindo a visão”. “Numa fase inicial da patologia não há sintomas, daí a importância dos diabéticos vigiarem a sua visão, através de exames médicos oculares regulares”, alerta a ARS Norte.

Apesar de estar direccionado ao rastreio da retinopatia diabética, o programa serve também para detectar outras patologias relacionadas com os olhos.

Com uma vasta equipa de oftalmologistas, optometristas, técnicos de ortóptica, anestesista, enfermeiros e administrativos, o centro oftalmológico da Régua está preparado para avaliar o paciente e encaminhar para tratamento, e em casos urgentes é possível mesmo fazer de imediato o tratamento a laser da vista.

O passo seguinte do programa será alargar o rastreio aos centros hospitalares do Nordeste, Entre Douro e Vouga, Porto, Hospital de São João e Unidade Local de Saúde do Alto Minho, estando previsto que as restantes unidades hospitalares sejam abrangidas na totalidade até 2012.

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