Sem avançar o valor do apoio concedido pelo Município, Henrique Monteiro, presidente da Realfut, mostrou-se descontente pelo facto de a “maior parte dos clubes” já terem recebido o subsídio. “Este atraso tem-nos criado muitas dificuldades”, revelou o dirigente desportivo.
Um jogador de futsal do clube confirmou, ao Nosso Jornal, que os atletas, que já estão integrados em outros clubes, continuam com sete meses de salários em atraso.
Henrique Monteiro considera que o subsídio, que já foi aprovado, permitirá saldar as dívidas e que também dele depende o futuro do clube, que permanece incerto.
“Para já, as actividades estão suspensas”, confirmou o presidente do clube, adiantando, no entanto, que até Outubro, altura em que terá início os campeonatos de futsal, o clube deverá tomar uma posição.
Henrique Monteiro explicou ainda que a Realfut poderá continuar com o futsal ou iniciar mesmo outras modalidades, sendo certo apenas que, a manter a sua actividade, vai apostar apenas na formação, nas camadas mais jovens.
Domingos Madeira Pinto, vice-presidente da Câmara Municipal de Vila Real e Vereador responsável pelo pelouro do Desporto, confirmou ao Nosso Jornal a atribuição do subsídio ao clube e garantiu que a Realfut não é a única que ainda espera pelo apoio. “Estamos a proceder aos pagamentos”, explicou o vereador.
De recordar que, há cerca de dois meses foi confirmada a separação entre a AAUTAD e a Realfut, equipas que se tinham fundido para disputar os escalões mais elevados do futsal nacional.
No ano passado, a equipa disputou mesmo a primeira divisão nacional, no entanto, e pela terceira vez na história da AAUTAD não conseguiu a manutenção, descendo assim para o segundo escalão nacional.
O fim da parceria entre os universitários e o clube vila-realense levou a equipa a renunciar o seu lugar na segunda divisão nacional, ficando a equipa académica a disputar apenas as competições universitárias.