O Ministério da Administração Interna anunciou a criação, numa primeira fase, de 60 equipas de primeira intervenção. Uma boa nova no combate ao flagelo dos incêndios florestais, para os distritos de Viana do Castelo, Braga, Viseu, Coimbra e Guarda e pela qual os bombeiros vila- -realenses também reivindicam.
“Como distrito com uma grande mancha florestal e com alto risco de incêndios, deveríamos ser abrangidos, nesta primeira fase”, defendeu Alfredo Almeida, Presidente da Federação Distrital dos Bombeiros de Vila Real (FDBVR), relativamente ao projecto do Ministério da Administração Interna de criar, ainda este ano, 60 equipas de Primeira Intervenção (EPI’s).
O projecto do Governo considera como prioritários vários concelhos dos distritos de Viana do Castelo, Braga, Viseu, Coimbra e Guarda, tendo em conta critérios que avaliam a realidade concreta dos riscos e das disponibilidades de recursos humanos existentes no âmbito das associações e avança com a previsão de que, até 2009, serão constituídas mais de duas centenas de equipas, a nível nacional.
Alfredo Almeida sublinha que “sem pôr em causa os critérios utilizados pelo Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil”, Vila Real que está incluído nos primeiros lugares da segunda fase deveria ser contemplado com esta primeira dotação de EPI’s. “Concelhos como Vila Real, Murça, Boticas, Montalegre, Vila Pouca de Aguiar, Alijó e Ribeira Pena têm um grande risco de incêndio”, lembrou o Presidente da Federação, adiantando que deveriam ser criadas, no distrito, “cerca de 10 equipas”, uma revindicação que já foi enviada ao Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil.
Segundo o projecto do Governo que aponta para um contrato de três anos, ao fim dos quais será feito um balanço da iniciativa, o investimento financeiro nas equipas de intervenção prioritária, profissionalizadas e com disponibilidade permanente, constituídas por cinco elementos cada, deverá ser garantido, equitativamente, pelo Governo e autarquias, uma proposta que foi já refutada pela Associação Nacional de Municípios Portugueses.
Com um total de 4.098 hectares consumidos, o ano de 2006 foi o mais positivo, na última década, para o distrito vila-realense que, em 2005, viu 33 mil hectares da sua mancha verde serem destruídos, pelas chamas.
Maria Meireles