Esta associação nasceu de um movimento criado em Bragança e reúne portugueses e espanhóis, que nos últimos quatro anos têm discutido os problemas das zonas de fronteira nos Conselhos Raianos, em parceria com autarquias e outras entidades como o Instituto Politécnico de Bragança (IPB).
Segundo o presidente da RIONOR, Francisco Alves, as resoluções/recomendações serão apresentadas pela delegação ao ministro-adjunto, Pedro Siza Vieira, numa reunião em Lisboa. Com isto, a delegação constituída por dirigentes da RIONOR e pelo presidente do IPB, Orlando Rodrigues, “pretende sensibilizar o Governo para a importância económica de muitas destas medidas”.
Entre as recomendações/resoluções a serem entregues, estão situações que dizem respeito à relação dos agricultores com a gestão das áreas protegidas, como o Parque Natural de Montesinho em Bragança, as acessibilidades, as ligações ferroviárias entre Trás-os-Montes e Zamora, conexões rodoviárias transfronteiriças, aeroporto regional de Bragança e ainda as redes digitais de comunicação de dados.
O presidente Francisco Alves lembra que “algumas resoluções/recomendações saídas dos Conselhos Raianos foram recentemente aprovadas nos executivos de entidades” como a Comunidade Intermunicipal (CIM) Terras de Trás-os-Montes e o Eixo Atlântico.”
Quanto às medidas de importância económica sugeridas, uma delas relativa à “reposição das antigas vias férreas do Tua e do Sabor e a ligação a Espanha”, apontou o responsável da associação, sublinhando que “este projeto implica a suspensão imediata da construção de ecopistas no leito das antigas vias férreas e cujo retorno económico todos reconhecem que será irrelevante”.
A RIONOR lembra ainda que, com a ligação entre a linha de alta velocidade Madrid/Galiza e a linha do Douro, para além do desenvolvimento dos polos industriais de Mirandela, Macedo de Cavaleiros e de Bragança, “os habitantes de Madrid ficarão a duas horas de distância” desta zona raiana.
A associação entende que este cenário “constitui uma oportunidade ímpar para a revitalização económica dos territórios raianos, facto que ninguém ainda conseguiu refutar”.
Para a concretização destas infraestruturas, a RIONOR “defende que é necessário estabelecer um pacto a médio e longo prazo entre todas as forças autárquicas e a sociedade civil, sendo essa a única forma de garantir junto dos governos de Lisboa, de Madrid e de Bruxelas os respetivos financiamentos”.