Cinco anos e meio depois de assumir a direcção do Centro Distrital de Segurança Social (CDSS), Rui Santos deixou, no dia 21, o cargo para regressar à Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), de onde é funcionário desde 1994.
Rui Santos vai agora assumir a função de administrador da academia transmontana, cargo que estava a ser ocupado pela sua esposa Elsa Justino, em acumulação com o de administradora dos Serviços de Acção Social, posto que, por sua vez, era ocupado pelo próprio Rui Santos até 2005.
No que diz respeito ao rosto que assumirá a Segurança Social vila-realense, ainda não há certezas. “Será o Instituto da Segurança Social e o Ministério a escolher” o novo nome, explicou Rui Santos, sem adiantar datas para o anúncio mas confirmando que até lá será Francisco Rocha, até agora seu director-adjunto, a assumir a função.
“Ao fim de cinco anos de um trabalho mais político regresso à UTAD, ficando claro que não sou um profissional da política, como alguns chegaram a dar a entender”, sublinhou o mesmo responsável.
Rui Santos despediu-se fazendo um balanço da sua missão à frente da Segurança Social distrital, começando logo por sublinhar que “foi o único director do CDSS, nos últimos 25 anos, a abandonar o cargo de forma voluntária”.
O ex-director considera que “nunca houve tanto investimento no distrito como nos últimos cinco anos”, sendo de sublinhar projectos como o Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais (PARES), a Medida de Apoio à Segurança de Equipamentos Sociais (MASES), a Rede Nacional de Cuidados Continuados ou o Programa Conforto Habitacional para Idosos, entre outros, que, no global, trouxeram para Vila Real um investimento de dezenas de milhões de euros.
Rui Santos sublinhou também o aumento do rigor na atribuição de subsídios, como por exemplo no caso do subsídio de desemprego e no caso do Rendimento de Inserção Social (que só no último ano foi cortado a 1500 beneficiários).
Outra conquista destacada pelo agora administrador da UTAD foi a redução do tempo de espera no atendimento dos serviços do CDSS, apesar do corte sofrido ao nível dos recursos humanos do centro. “Em 2005, 40 por cento das pessoas que se deslocavam à Segurança Social tinham que esperar mais de 30 minutos, em 2009 essa percentagem foi de 20 por cento”, contabilizou.
Mais, Rui Santos explicou que também o desempenho dos funcionários melhorou já que, se em 2007 foi registada uma taxa de atendimento de 44 utentes por funcionário/dia, actualmente esse número é de 53.
“Não é o que desejamos, mas os serviços já estão muito melhor”, defendeu o mesmo responsável, referindo que também o tempo de pagamento dos subsídios, que, no caso do subsídio de desemprego, há três anos era de 87 dias e agora é de 47.
Depois de enumerar várias outras estatísticas, Rui Santos concluiu que a “missão foi cumprida” e que foi feito o possível, tendo em conta os meios financeiros à disposição do Centro Distrital e a redução de 30 por cento do número de funcionários relativamente a 2007.