Um dos populares e membro da Comissão de Residentes de S. Cibrão, João Pereira, garante que o “problema ficaria resolvido com um acesso directo à nova acessibilidade de apenas 600 metros”. “Estamos a ser discriminados porque todas as entradas que há nessa estrada estão localizadas num espaço mais ou menos de dois quilómetros e todas no concelho de Sabrosa, à excepção de uma que é na Póvoa, mas aí é mesmo no limite do concelho”. Em S. Cibrão há empresas de madeireiros e os camiões têm de fazer 5 quilómetros para entrar no nó de Andrães. Esta exigência do povo de S. Cibrão já foi bem manifestada há cerca de um ano e meio, num abaixo-assinado que juntou mais de 250 assinaturas, que foi enviado à Junta de Freguesia e à Câmara Municipal de Vila Real. Foram feitos ainda contactos com a Estradas de Portugal, Governo Civil de Vila Real e Câmara Municipal de Sabrosa.
João Pereira apontou outros constrangimentos relacionados com a variante. “Além do prejuízo que nos deu, porque os melhores terrenos desapareceram e quase toda a gente foi prejudicada com a avaliação que foi feita, grande parte dos proprietários ainda não recebeu o dinheiro”.
A comissão de moradores de S. Cibrão ainda não sabe quais serão as medidas que irá tomar no futuro, caso as suas pretensões não sejam atendidas. Mas, já há uma ideia que poderá passar por fazer um protesto na altura da inauguração ou até boicotarem as eleições.
O presidente da Junta de Freguesia de Andrães, Domingos Costa, está solidário com as pretensões da população de S. Cibrão e revelou, ao Nosso Jornal, que antes da construção, já tinha contactado a Estradas de Portugal, pedindo uma acessibilidade na Ponte Pedrinha. “Disseram que era impossível, devido ao traçado ser incompatível. Tivemos várias reuniões com a Comissão e com a EP, e depois optamos por outra entrada, mas a EP voltou a dizer não as nossas pretensões. De facto, é muito desagradável para o povo de S. Cibrão ver a estrada ao seu lado sem ter um acesso. A EP é a culpada desta situação, porque penalizou uma população de cerca de 600 habitantes e ficamos sem uma entrada e sem uma saída. Contudo, vamos continuar a lutar por esta reivindicação”, assegurou.
De sublinhar que, a variante de S. Martinho de Anta até ao nó de Andrães (A24) deverá estar concluída durante este Verão.