Quando encontro simplesmente Maria, logo me soa a Aleluia (com que rima), bem como a Poesia; Pia (Piedosa), Sabedoria, produz, em mim, um pequeno estado de contemplação, um pequeno sentimento de êxtase, a sensação de que nele estão contidos todos os outros nomes feminis. Como ressonância, comprazer-me-ia em ouvir; subitamente: a “Ave Maria” de Schobert, a “Ave Maria” (e Santa Maria) de Gounod, uma Sinfonia de Beethoven, só com a palavra Maria, um Motete de Palestrina dedicado a Maria, como só ele era capaz de o compor, o canto gregoriano de “Salvo Regina” ou o “Ave Verum Corpus Natim de Maria Virgine” (?…)!…
Quando me ressoa o celestial nome de Maria, fico a pensar na minha mística solidão: – será que este nome de simplesmente Maria é mais luzente que um diamante puro, mais belo que uma pérola colhida do fundo do mar, mais luzidio que qualquer brilhante ou um outro objecto precioso?! Tenho, para mim, que é, sem dúvida!
A primeira voz a proclamar a saudação “Ave Maria” foi o Arcanjo São Gabriel, ao convidá-La, em nome do Espírito Santo, em aceitar ser a Mãe de Jesus e, portanto, Mãe de Deus. A segunda pessoa foi sua prima Santa Isabel, mãe de São João Batista, quando o Arcanjo A informou que Sua prima, Isabel, iria ser mãe de João Batista, o precursor de Jesus, quando Isabel se encontrava já no sexto mês da sua gravidez. Quando Isabel recebeu sua prima saudou-A, por inspiração divina, com estas palavras:
“Ave, ó cheia de Graça; o senhor está Contigo; Bendita és Tu entre todas as mulheres! Donde me vem a Graça de receber a Mãe do Meu Senhor?! Eis que todas as nações da Terra Te proclamarão Bem-Aventurada, até aos confins da Terra e até ao fim do mundo, pois o que vai nascer de Ti é Santo será o nosso Salvador, que livrará da morte (eterna) todos os pecadores”!
– Etimologicamente, há duas hipóteses para explicar a sua origem e significado: – do hebraico “Miriam”, que significa “mestre e poderosa”; ou, também do hebraico: “Myrian”, que significa “vidente”: ambas Lhe ficam bem.
Maria é o nome mais comum, de há séculos, em todo o mundo. A composição ou anexação com outros nomes, em Portugal, é infinita, como 1º ou 2º nome. – O dicionário antropológico que possuo diz que “Maria é uma mulher hábil e afectiva; terna, criativa e agradável. Maria é a expressão da feminilidade: alegre, simples, sabe armar uma roda de amigos, recebê-los quase ritualmente, entendê-los… pondo–os a gravitar ao seu redor. Com sentido prático e infatigável, tem êxito nos pequenos (e grandes) empreendimentos. É uma boa esposa e melhor mãe”! Dicion. Antrop., Ana Belo, Arteplural Edições Cascais, 2006, 14ª reimpressão, págs. 166-157. Para mim, todos estes sentimentos os tem Maria em grau superlativo composto…
Maria, Mãe de Deus e Mãe Nossa
Vamos ao principal e específico de Maria: – Ela é Mãe de Jesus, e como Jesus é Deus, em tudo igual às outras duas pessoas da Santíssima Trindade, só que “encarnou” no Ventre imaculado de Maria, Ele é Deus e Ela Mãe de Deus. “Incarnou” porquê? Não havia outro meio de Deus nos salvar, o mistério da economia da salvação”, como se diz em pura teologia, pertence apenas à Santíssima Trindade estabelecê-lo. O Pai é Criador e Previdente. O Divino Espírito Santo é Santificador da Igreja e de todos nós. A Cristo coube ser o “Mediador” entre a Humanidade e a Divindade. Incarnou, fez-se Homem para ter um corpo para morrer e “para ressuscitar”; subiu ao Céu onde “está sentado à direita do Pai”; ensinou à Humanidade qual o “caminho” para nos salvar; fez milagres para ensinar que a Santíssima Trindade é, sobretudo Amor e que também “nos devemos amar uns aos outros como Ele nos amou”, e que este é o verdadeiro e único caminho que devemos seguir. Ele é nosso Irmão, porque filhos de Deus, nosso Salvador e Redentor pelo que fez e é.
Senhora do Rosário
Em Fátima, e não só, avisou que devemos rezar, pelo menos, a Oração do Terço, todos os dias! O Povo Português há muito que pede que nos livre da peste, fome e guerra! – subiu ao Céu, onde nos espera! Outubro é um mês propício para lá chegarmos! – Está tudo nas nossas mãos! Tudo!!!