João ficou a partir desse momento limpo do pecado original, por antecipação dos méritos da Redenção e por mediação de Maria.
Quando morreram os seus pais – Isabel e Zacarias, João dedicou-se à pregação, anunciando que estava perto a vinda do Messias que o povo judeu esperava. É nítida a influência do profeta Elias, não só no modo de vestir – com peles de animais, mas pelo teor dos seus discursos. No Evangelho aparece, em dada ocasião como a o profeta que voltou à Terra, depois de ter sido “arrebatado num redemoinho de fogo num carro puxado por cavalos ardentes”(cfr. 2 Rs 2, 11), pelas semelhanças que apresentava.
O facto mais marcante na vida de João foi o Baptismo de Jesus no rio Jordão. Baptismo de penitência a que Jesus não estava obrigado, por ser o Filho de Deus, mas que quis praticar para dar começo à Sua pregação.
João continuou na sua vida de pregação e penitência, exortando ao arrependimento. Nesta linha de acção reprovava com veemência o comportamento de Herodes que vivia em escandaloso adultério com a cunhada Herodíade. Pelas suas palavras, fortes e veementes, lavrou a sua sentença de morte que veio a acontecer por intermédio da filha de Herodíade, sendo degolado na prisão.
João Baptista é considerado com Santo António de Lisboa e São Pedro, um dos Santos Populares e a sua festa litúrgica celebra- -se hoje, dia 24, data do seu nascimento, por quase todo o país, nomeadamente na cidade de Braga.
Só Maria, que foi Imaculada na Sua Conceição tem o privilégio de ver festejado o dia do seu nascimento a 8 de Setembro. São João concebido com o pecado original, por ter sido livre dele antes de nascer, merece da Igreja o mesmo privilégio. A sua morte é celebrada liturgicamente a 29 de Agosto.
Os folguedos associados à sua pessoa são pouco consentâneos com o seu modo austero de viver, mas se conseguirmos dar a esses folguedos um cariz cultural, onde não entram desbragamentos, nada temos a opor – o povo precisa de se divertir e se o fizer de um modo sadio, tudo bem.