As três profissionais, segundo o sindicato, estão ao serviço do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Douro Sul em regime de mobilidade, cedidas pelo Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD), com sede em Vila Real.
Em comunicado, o SEP indica que as três profissionais “foram notificadas para regressarem ao CHTMAD já no início do mês de janeiro”, o que, entende, porá em causa os serviços prestados no ACES.
O agrupamento do Douro Sul integra os centros de Saúde de Armamar, Lamego, Moimenta da Beira, Penedono, São João da Pesqueira, Sernancelhe, Tabuaço e Tarouca e o Serviço de Urgência Básica (SUB) de Moimenta da Beira, todos do distrito de Viseu.
“Já no passado mês de novembro, o SEP colocou a situação à Administração Regional de Saúde (ARS Norte) e à Sra. Ministra da Saúde, alertando para a necessidade de se encontrar uma solução em tempo útil”, refere, no comunicado.
O sindicato lembra a reunião que teve com a direção executiva do ACES Douro Sul e que colocou a questão junto do Conselho de Administração do CHTMAD.
“Sabemos que é do interesse das partes (enfermeiras e instituições) que a mobilidade seja prorrogada, não percebemos a razão pela qual, havendo este interesse comum, a indefinição se mantenha”, continua.
O SEP atribuiu a alegada indefinição “apenas e só porque não há autorização para que o centro hospitalar faça contratos de substituição destas enfermeiras em causa”.
“Ou seja, a tutela (ARS Norte/Ministério da Saúde), a uma semana do final do ano, com a época natalícia que se aproxima, ainda não teve a disponibilidade/vontade para resolver uma situação de tão fácil de resolução”, concluiu.
O SEP vinca ainda que “a cessação da mobilidade por cedência de interesse público, destas enfermeiras, colocará seriamente em risco a oferta de cuidados de saúde no domicílio, numa região que, pela sua interioridade, já é seriamente penalizada e desfavorecida”.
Contactada pela Lusa, a ARS Norte respondeu que está “a trabalhar com as instituições respetivas para encontrar a melhor solução no mais curto espaço de tempo possível”.
A Lusa questionou o Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, mas não recebeu resposta até ao momento.