Está agora a ser instalado, na Serra do Alvão, o equipamento que vai suportar no distrito de Vila Real o Sistema Integrado de Rede de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP), confirmou, ao Nosso Jornal, fonte da Polícia de Segurança Pública (PSP).
Segundo a mesma fonte, já foi montada “uma antena em Chaves” e está a ser concluída a instalação do equipamento na zona das antenas da Serra do Alvão. “Até ao final do Julho, o equipamento ficará pronto e o sistema deverá ficar operacional até ao final do ano”, explicou.
Trata-se de “um sistema único de comunicações, baseado numa só infra-estrutura de telecomunicações nacional, partilhado, que deve assegurar a satisfação das necessidades de comunicações das forças de segurança e emergência, satisfazendo a intercomunicação e a interoperabilidade entre as diversas forças e serviços e, em caso de emergência, permitir a centralização do comando e da coordenação”, explica uma resolução do Conselho de Ministros, datada de Agosto de 2006.
“O SIRESP adoptou o TETRA (Terrestrial Trunked Radio), uma norma europeia de trunking digital, desenvolvida pelo Instituto Europeu de Normalização das Telecomunicações (ETSI), sob a égide da União Europeia”, explica ainda o site da Autoridade Nacional de Protecção Civil, referindo que “alguns países do espaço europeu já implementaram novas redes de telecomunicações para as forças de segurança e emergência, baseadas nesta tecnologia”.
Considerado então como “um projecto prioritário para o Governo”, o SRESP, cujos primeiros passos de criação foram dados em 2002 e 2003, vai permitir a “disponibilização de serviços de telecomunicações, suportando transmissão de voz, dados e imagem, quer através de grupos fechados de utilizadores, quer através de comunicação com outros grupos, assegurando comunicações móveis de elevada qualidade aos operadores da área da segurança e emergência, bem como a possibilidade de todos comunicarem entre si, o que traz vantagens muito importantes em relação à situação actual, tanto para a operação regular destes serviços como para situações extremas de catástrofe”.
Tanto quanto o Nosso Jornal conseguiu apurar, numa primeira fase, o Sistema vai ser disponibilizado à PSP, Guarda Nacional Republicana e Polícia Judiciária, alargando-se depois, a sua utilização, aos vários agentes de protecção civil, como por exemplo as corporações de bombeiros.
Em resolução de Conselho de Ministros, o Governo autorizou, em 2006, “a realização da despesa com a aquisição dos serviços de concepção, projecto, fornecimento, montagem, construção, gestão e manutenção do SIRESP, no valor de 485 milhões de euros”.