Terça-feira, 14 de Janeiro de 2025
No menu items!

Sobre os doutores na política

Por vezes, perguntam-me “Devemos ser governados pelos sábios?” E eu respondo “Obviamente que não.” Esta pergunta (traiçoeira), quando feita a um professor universitário (supostamente, pertencendo aos ‘mais sábios’), esconde alguns desejos latentes. Em primeiro lugar, todos gostamos de viver bem e preferimos ser bem governados a ser mal governados. Em segundo lugar, queremos saber quem são os que melhor nos governarão. Por várias razões. Ou porque queremos construir cenários, ou porque queremos saber a que porta vamos entregar os presuntos, ou porque não somos estúpidos e gostamos de acertar nas escolhas que fazemos em termos de votações (desde a política à música e à literatura).

Por isso, como quando não nos sentimos bem, tendemos a perguntar “Qual o melhor médico que nos pode tratar?”, também, como cidadãos e como eleitores, perguntamos “Qual o melhor governante?”. É uma pergunta, em origem, simples, inocente e justa. A resposta é humanamente complicada.

Em primeiro lugar, em termos humanos, não existe o “bom chefe eterno”, como os Teoremas da Impossibilidade de Arrow (Nobel da Economia) demonstraram. Um bom chefe falha sempre em qualquer coisa. Um bom chefe nunca agrada a todos. E o próprio conceito de “bom chefe”, para piorar as coisas, é mais estético e de modas do que ético e eterno. Seriam D. Afonso Henriques, D. João II ou D. João V bons

Artigo exclusivo PREMIUM

Tenha acesso ilimitado a todos os conteúdos do site e à edição semanal em formato digital.

Se já é PREMIUM,
Aceda à sua conta em

OUTROS ARTIGOS do mesmo autor

NOTÍCIAS QUE PODEM SER DO SEU INTERESSE

ARTIGOS DE OPINIÃO + LIDOS

Notícias Mais lidas

ÚLTIMAS NOTÍCIAS