“Entrei para a direção em 2015, a associação estava muito mal, tinha muitas dívidas, carros parados, funcionários sem formação, fardamentos velhos. Enfim, estava tudo muito mal”.
Após uma análise da situação, a direção colocou mãos à obra e começou por “pagar as dívidas, (no valor de 750 mil euros) com a ajuda de entidades bancárias e com o meu aval. Conseguimos pagar com muito sacrifício e a contar os tostões. Neste momento, temos tudo estabilizado e não se deve nada a ninguém”, revelou o presidente da direção, sublinhando que é a “cabeça” de um coletivo. “Eu prefiro não fazer do que ficar a dever. Só damos o passo conforme as pernas deixam”.
Com um quartel novo, o presidente da associação agradece “ao grande transmontano, Dr. Jorge Gomes”. “Eu não o conhecia e fui ter com ele. Disse-me logo, não há problema, quanto precisam para as obras? Eu respondi 700 a 800 mil euros. Mais tarde, ele disse-me que até vos tinha dado mais, se o projeto o permitisse. Na altura, a associação conseguiu arranjar mais 100 mil e hoje temos instalações maravilhosas e todas as condições para os nossos bombeiros”. Além disso, “temos uma sala de formação bem equipada e aberta à comunidade.
Ao nível de pessoal, a corporação “está bem”, o maior problema está nas ambulâncias, que “estão velhas e têm 700 mil quilómetros”.
Com duas Equipas de Intervenção Permanente (EIP), a mais recente foi apresentada a 1 de junho, José Maria Silva refere que discorda da legislação das EIP. “Deveriam fazer o trabalho igual aos outros. Em terras como Penedono, podem estar aqui parados, quando poderiam conduzir uma ambulância, por exemplo. Os burocratas de Lisboa não percebem a realidade e depois as pessoas não compreendem o trabalho que fazem estas equipas”.
Para o futuro, a corporação pretende formar pessoal de mergulho.
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