Foi um momento para se conhecer o processo em curso para criar a Federação Portuguesa dos Caminhos de Santiago, com o propósito de articular esforços que potenciem os vários percursos jacobeus reconhecidos no país. E ficou também a saber-se que o governo prepara legislação para certificar os caminhos de Santiago e assim preencher um vazio legal que permitirá às diversas entidades (autarquias, Igreja, associações de peregrinos, entre outras) melhor valorizar os seus projetos.
O reitor da UTAD realçou, por sua vez, a ligação natural de Portugal com a Galiza, tendo como elo de união o fenómeno jacobeu, considerando os caminhos de Santiago um marco fundamental dessa aproximação, com reflexos em domínios multidisciplinares, que vão da cultura à espiritualidade e à ciência. O futuro da Europa está cada vez mais na consolidação de grandes regiões, afirmou o reitor , “e aqui está um importante embrião.”
Ao longo do dia, as temáticas abordadas abrangeram os diversos desafios de uma herança milenar colocados aos dias de hoje, as bases históricas e antropológicas do CPIS, os diferentes patrimónios jacobeus (arqueológicos, geológicos e linguísticos), assim como a planificação e promoção do Caminho Interior aproveitando todo o seu potencial económico e cultural.
Na sessão de abertura intervieram o reitor da UTAD, Fontainhas Fernandes, o diretor do CETRAD, Timothy Koehnen, o representante de Junta da Galiza e diretor do Xacobeu, Rafael Sánchez, a vice-presidente do Município de Vila Pouca de Aguiar, Ana Rita Dias, e o Diretor Regional da Cultura do Norte, António Ponte, para além do coordenador do projeto GEOPARD na UTAD, Xerardo Pereiro.