Dizem estar “fartos” de não serem ouvidos e de não verem as suas reivindicações atendidas por parte da empresa. Os trabalhadores da Varandas de Sousa estão hoje em greve e a adesão ronda os 75%.
“Estes trabalhadores estão conscientes de que a greve é o último recurso. Fizemos os plenários em julho e enviámos o pré-aviso de greve no dia 15 de julho. A empresa tinha um mês para vir ter connosco, aliás mostramos disponibilidade para reunir, mas não houve resposta”, adianta José Eduardo, dirigente sindicalista.
Entre as reivindicações estão, por exemplo, o aumento do salário. “Ganham o salário mínimo apesar das funções que desempenham exigir algum conhecimento. Estamos a falar de um trabalho que não há máquinas que o façam, como é a colheita, feita pelas mãos destas pessoas. É preciso perceberem o patamar de amadurecimento do cogumelo, por exemplo, e ter sensibilidade na sua apanha e armazenamento”.
Há ainda a exigência do aumento do valor do subsídio de alimentação, que atualmente está fixado nos 2,50 euros, que “não dá para nada. Há trabalhadores que fazem 30 quilómetros para ir trabalhar, não conseguem ir a casa. 2,50 não paga uma refeição em qualquer lado do país”, frisa.
Estes trabalhadores pedem ainda melhorias nas condições de trabalho, algo que “já vem da anterior administração”, conclui.