Outros estão em frente à sede do Jornal de Notícias, no Porto, em protesto pelo atraso dos salários e subsídios, contra “a destruição do grupo” e em defesa da democracia.
Augusto Correia, delegado sindical do JN, disse esta manhã à Lusa que “esta greve, vai além da luta pelo nosso posto de trabalho, é pelo futuro dos vários títulos do GMG, por um jornalismo livre e pela democracia”.
Esta concentração no Porto juntou mais de 60 trabalhadores do GMG, entre jornalistas e outros trabalhadores do JN, um dos vários títulos do grupo, que detém também o jornal O Jogo, o Açoriano Oriental, a rádio TSF, a revista Evasões, a Men’s Heatlh, o Diário de Notícias, entre outros.
Segundo delegados sindicais, até agora a “adesão é total”.
Recorde-se que hoje termina o prazo de adesão às rescisões voluntárias, e os trabalhadores mostram repúdio pela intenção de despedir até 200 profissionais.
Os trabalhadores não receberam o salário de dezembro, nem o subsídio de Natal que, segundo a administração, será pago em duodécimos durante este ano, o que viola a lei. No entanto, a administração já garantiu que irá pagar o salário de dezembro na próxima semana.
“O nosso lugar está em risco, 150 a 200 pessoas podem sair deste grupo de media que consideramos fundamental à democracia e que tem sido tão historicamente atacado por várias partes”, disse à Lusa Filipe Santa Barbara, delegado sindical da TSF.
O grupo anunciou também o fim das prestações de serviços a partir de janeiro, num aviso com poucas horas de antecedência.