“O objetivo deste encontro, além de fortalecer os laços entre todos, visou tomar consciência da necessidade de se criar, em cada diocese, uma estrutura estável diocesana ou interdiocesana, onde as pessoas possam dirigir-se”, refere comunicado enviado à Agência Ecclesia.
O encontro, que reuniu aqueles que trabalham habitualmente nos Tribunais Eclesiásticos, como Vigários Judiciais, Juízes, Notários e Defensores do Vínculo, contou com a intervenção do recentemente nomeado Vigário Judicial do Tribunal Eclesiástico Metropolitano de Braga, padre Mário Martins, que defendeu a articulação entre gabinetes diferentes.
“Esta investigação preliminar ou pastoral deve desenrolar-se no âmbito da pastoral matrimonial diocesana de conjunto, isto é, supondo-se a articulação, caso existam, entre os diversos gabinetes de aconselhamento, em ordem a uma ajuda interdisciplinar e/ou complementar, que atenda ao bem dos cônjuges e das pessoas que temos diante de nós”, disse.
Também o cónego Silvério Pires, enquanto Vigário Judicial de uma diocese que conta com o serviço de um Tribunal Interdiocesano, falou de uma experiência de trabalho onde pode contactar com várias causas de várias proveniências e de diversos contextos familiares.
“A pertinência de um serviço de aconselhamento de casais em situação de fragilidade ou divorciados numa instância diocesana e concretamente num tribunal eclesiástico, capaz de, como refere o cap. VII da exortação apostólica Amoris Laetitia, ter esta preocupação de «acompanhar, discernir e integrar a fragilidade de tantas famílias em dificuldade»”, defendeu.
Coube ao anfitrião D. José Cordeiro, bispo de Bragança-Miranda, a conclusão do encontro de partilha e debate.
“O sentido de partilha que o encontro refletiu, de forma tão familiar e próxima, que ajudou cada um a entender melhor como estes momentos e oportunidades são cruciais na articulação das dimensões jurídica e pastoral na Igreja e no acompanhamento das pessoas e das famílias em particular”, concluiu.