O arranque de um novo ano traz novas resoluções, ambições, planos e objetivos a cumprir. É, também, sinónimo de renovação, expectativa e incerteza. Neste contexto, a VTM foi auscultar as principais preocupações e desejos dos flavienses para 2022.
Numa retrospetiva dos últimos 12 meses e numa antevisão dos que se seguem, a pandemia esteve no centro dos discursos e o desejo de a ver ultrapassada é partilhado por todos. Os comerciantes locais culpam-na “por uma das piores épocas festivas de sempre em termos de vendas. O Natal e o final do ano foram mais fracos que 2020”. Embora sem grande otimismo face aos aumentos das matérias-primas, esperam que 2022 “traga ventos de mudança”.
Já Luísa Salgado Gomes, natural de Arcossó, destacou que o último ano “foi quase normal. Começámos com muitas dúvidas, muitas inseguranças, que se foram desvanecendo ao longo do tempo”. Recentemente, “esta nova variante (Ómicron) veio obrigar-nos a por os pés no chão e fez-nos perceber o que é realmente prioritário na nossa vida”.
Por exemplo, “nesta altura, claro que gostávamos de ter festejado o novo ano de outra forma. Ainda assim, devemos estar positivos e acreditar que a ciência nos vai ajudar a ter melhores dias e considerar, sempre, que qualquer passo atrás que seja dado é para nosso bem, para depois, então, podermos caminhar com alegria e força de vida”.
Para Marta Amaro, estudante de Ciências Farmacêuticas e natural de Chaves, o ano de 2021 foi “particularmente difícil, tanto em termos de estudos, devido às aulas e exames ‘online’, como em termos sociais. As pessoas ainda têm muito medo de conviver, de vir aos estabelecimentos comerciais, de frequentar um café ou um restaurante”.
Quanto a expectativas para 2022, “em termos de Covid, acho que vai continuar tudo igual a 2021. Apesar desta nova variante ser mais transmissível, os sintomas são mais ligeiros e há muita gente com a vacinação completa, o que se traduz numa redução dos internamentos. Acredito que só em 2023 possamos estar perante um bom ano, melhor que os dois últimos”.
Normanda Valongueiro, valpacense, a residir em Chaves há várias décadas, relembrou que “a esperança é a última a morrer. Este bichinho têm estragado a vida a muita gente, sobretudo em termos psicológicos. Nos últimos tempos, deixámos de conviver e a economia também já teve melhores dias”.
Ainda sim, “acredito que o ano de 2022 seja melhor que este que passou. Porém, penso que as barreiras físicas e sociais que fomos criando, esta falta de demonstração de afeto, dificilmente serão ultrapassadas a curto prazo. Desejo, acima de tudo, que este novo ano traga saúde, paz e trabalho para toda a gente”, frisou.