Quarta-feira, 11 de Dezembro de 2024
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Agostinho Chaves
Agostinho Chaves
Trata o jornalismo por tu. Colabora com a VTM há mais de 25 anos. Foi Diretor entre 2014 e 2019. Passou por meios de comunicação nacionais, como o Comércio do Porto e a Rádio Renascença.

Um, dois, esquerda, direita volver

1 - Um ano em que vai haver eleições altera muitas coisas em relação aos anos anteriores.

Depois de “ações vitoriosas” no Parlamento português, com muitas aprovações de diplomas abordando assuntos ditos fraturantes, os partidos da esquerda dita mais moderna começam a ter reprovadas algumas das suas propostas mais recentes: afinal, a canábis não pode ser recreativa, ao contrário do que o BE pretendia; a exportação de animais vivos vai continuar a fazer-se, ao contrário do que o PAN queria; os microplásticos não foram banidos, como PAN, BE e PEV desejavam. E o aeroporto do Montijo, afinal, já não é “Jamais”. Já vai em frente. No meio disto tudo, alguns deputados do PS mais esquerdistas do seu partido (que apoiaram estas reivindicações) também foram derrotados. É que até 2019, a paisagem social urbana era de capital importância para a sobrevivência da “Geringonça”. Mas em 2019 também vai ser importante a paisagem social rural que se pronunciará pelo voto. Cautelas e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém. Os partidos mais tradicionais (a outra ala do PS, o PCP, o PSD e o CDS) sabem-no muito bem. E já não consentem a rédea solta aos partidos da esquerda mais radical.

2 – As pessoas sabem que quando o preço de um produto sobe nunca mais descerá depois a um patamar inferior quando as causas que motivaram o acréscimo terminam. Todos têm assistido às rábulas dos preços dos combustíveis para chegarem a essa conclusão. O crude aumenta de preço? Sobe-se o preço da gasolina e do gasóleo. O crude tem baixa de preço? Mantém-se em alta o preço da gasolina e do gasóleo porque isso dá lucro aos cofres do Estado e os cidadãos contribuintes já se habituaram.

Por isso, aparece como atitude ardilosa a proposta de que a água seja mais cara em tempos de seca. Passando a seca, o mais provável é que o preço se mantenha em cheia. Demais, este erro infantil da economia não atenta a que, subindo o preço da água em tempo de seca, os que não têm tanto dinheiro terão de a poupar. Mas os outros, os que têm dinheiro, poderão até desperdiçá-la. Desde que a paguem!… (linguagem simples da economia mais reles).
 

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