Quarta-feira, 1 de Maio de 2024
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Armando Moreira
Armando Moreira
| MIRADOURO | Ex-presidente da Câmara Municipal de Vila Real. Colunista n'A Voz de Trás-os-Montes

Um filme interminável

Há filmes bons, há outros assim-assim, e há alguns intermináveis. Este, da TAP, é um deles.

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Que a transportadora aérea nacional é absolutamente essencial para o nosso país, já o referimos há meses, justificando entre outras coisas, com a necessidade de manter laços com as antigas colónias e com todas as comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo.

Lisboa é declaradamente um centro aéreo – HUB, quer em termos económicos, quer em termos de dividendos da atividade de transporte aéreo, cada vez mais importante que o país não deve dispensar. A TAP é uma companhia de bandeira, e mal se entende que volta e meia apareça quem duvide da necessidade da sua existência. Havendo tantas companhias públicas e privadas interessadas no HUB de Lisboa, em nossa opinião, a TAP poderia ser privatizada, entregando, porém, o encargo de a gerir a uma parceria consentânea com a sua vocação pública, sem estar permanentemente “pendorada” no Orçamento do Estado.

Veja-se a questão que está a ser debatida na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), cujos debates parecem não ter fim, sobre uma pretensa indemnização à sua administradora (CEO), que foi demitida.

O que é que verdadeiramente está em causa?

Parece que ninguém sabe, muito menos os parlamentares que foram designados pelos seus grupos parlamentares. Duas dúzias de deputados, que há mais de dois meses ainda não conseguiram encontrar o fio da meada.

E é isto a TAP: Uma empresa de capital maioritariamente Público, depois da reversão que o atual chefe do Governo decidiu fazer, logo que assumiu funções em 2015. Decisão que, como se percebe agora, não devia ter sido tomada. Por essa ocasião, lamentando a errada decisão política, defendemos a privatização da sua gestão, o que nos parece ser, ainda agora, a melhor opção. Tal não é a opinião de um movimento liderado por António Pedro Vasconcelos – figura pública que dispensamos de apresentar –, que tenta uma vez mais travar a iniciativa do atual governo, por finalmente ter percebido que sozinha a TAP morre.

Recorde-se, também, que em 2019 metade do capital da TAP era privado e eram os privados, que mandavam totalmente na gestão da companhia. Os resultados de 2019 só aconteceram porque anos antes a TAP havia sido privatizada, num processo também contestado por Vasconcelos e muitos aderentes ao movimento que anda de novo aí a circular.

Em resumo, pede-se ao governo que deixe a gestão da empresa entregue a privados, para termos TAP funcional e rentável. Tudo o resto é ideologia que não nos leva a lado nenhum.

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