Sexta-feira, 13 de Dezembro de 2024
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Uma arte que pode estar prestes a “morrer”

Mesmo com o peso da idade sobre os ombros e os efeitos nefastos da crise a fazer-se sentir também na comercialização das peças, os oleiros de barro negro de Bisalhães continuam a trabalhar com a mesma paixão e dedicação. Com o artesão mais novo prestes a completar 70 anos e o mais velho a chegar aos 80, há quem diga já que a louça preta fechará em breve o último capítulo da sua longa história em Vila Real. Para além da quebra nas vendas, este ano os oleiros não vão poder mostrar o seu trabalho na feira anual que se realizava em Mondrões.

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“Interrompemos a feira por falta de verbas”, confirmou, ao Nosso Jornal, Carlos Manuel, presidente da Junta de Freguesia de Mondrões, sobre a Feira de Artesanato de Bisalhães, que há sete anos consecutivos se realizou naquela freguesia, tendo como figura central o barro negro.

O autarca explica que para a realização do certame a junta tinha como principal parceiro a Câmara Municipal de Vila Real que, devido à crise, retirou o apoio concedido anualmente para a organização da feira, inviabilizando-a. “Estamos a estudar a possibilidade de fazer uma feira em ponto mais pequeno, mas ainda não há certezas”, referiu Carlos Manuel, deixando no ar a esperança de que já no próximo ano seja possível recuperar a organização

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