Sexta-feira, 6 de Dezembro de 2024
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Uma decisão fora do tempo

O calendário dava-nos conta que estava a terminar o dia três do corrente, quando, como de costume, dava a última volta aos jornais do dia. Dei de caras com uma notícia que me deixou absolutamente surpreendido. Essa notícia dizia, no essencial, que o secretário-geral do PS, José Sócrates, com os presidentes das federações distritais, tinham decidido uma nova orientação, segundo a qual os candidatos do PS a presidentes de câmara não deveriam/poderiam candidatar-se, em simultâneo, a deputado na Assembleia da República.

Sucede que tal decisão não merece o meu acordo por razões que me parecem plenamente válidas e mesmo óbvias. Com efeito, o PS não tinha, em tempo útil, decidido nada sobre esta matéria. Assim sendo, os protagonistas envolvidos tomaram naturalmente as suas decisões com base no quadro existente, ou seja, podiam candidatar-se aos parlamentos (europeu e nacional) e também às câmaras municipais podendo depois optar. Claro que se propunham explicar bem ao eleitorado as condições e as bases das suas opções, tornando o acto claro e transparente. Independentemente de saber qual teria sido, ou é, a melhor fórmula, o certo é que foi nas anteriores condições que, legitimamente, muitos socialistas fizeram os seus planos pessoais

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