Sábado, 18 de Janeiro de 2025
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Uma escola aberta ao mundo

Com cerca de 800 alunos, o Agrupamento de Escolas D. Sancho II, em Alijó, conta com nove estabelecimentos de ensino. Aqui, o lema é “formar bons cidadãos”.

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As palavras são de Carlos Peixoto, diretor do agrupamento, que faz por “dotar os alunos de competências como a autonomia e a cooperação”.

Para o ano letivo que se avizinha, o agrupamento vai manter a oferta educativa no que concerne ao ensino regular. “No ensino secundário temos as Ciências e Tecnologias, as Línguas e Humanidades e as Ciências Socioeconómicas”, indica o diretor, lembrando que, há dois anos, “abrimos uma turma de Artes Visuais porque tivemos um nicho de alunos que demonstrou vontade em seguir essa área. Pedimos autorização à DGEstE para abrir esse curso e foi-nos concedida, caso contrário teriam de ir para Vila Real”.

“O nosso objetivo é dotar os alunos de competências como a autonomia ou a cooperação”
Carlos Peixoto
diretor

No que concerne ao ensino profissional, “vamos manter o curso de Técnico de Turismo”, ao qual se junta “o curso de Técnico Auxiliar de Saúde”, revela Carlos Peixoto, uma escolha que tem por base “o estudo de mercado que fazemos e que dá conta daquilo que o concelho e a região precisam. Neste momento, há duas áreas fundamentais: o turismo e a ação social”.

“Ainda há muito estigma em relação ao ensino profissional. Algo que notamos é que muitos alunos, no ano letivo seguinte, acabam por pedir para mudar para um curso profissional”, confessa, destacando que “muitos dos nossos alunos acabam por ficar a trabalhar nas empresas onde fazem o estágio, o que é muito bom”.

ERASMUS+

O Agrupamento de Escolas de Alijó dispõe de uma oferta formativa diversificada, mas desenvolve, também, vários projetos. Uma das apostas é o Erasmus+, um programa da União Europeia que atua nos domínios da educação, da formação, da juventude e do desporto. No dia em que visitámos a escola decorria o último encontro do “Our Innovative Green Schools”, direcionado para as questões do meio ambiente, e que juntou escolas de Portugal, França, Alemanha e Itália.

António Mansilha é um dos professores responsáveis pelo projeto, que termina em agosto, e que “está focado no meio ambiente, com a realização de atividades de sensibilização sobre estas questões, como a reciclagem ou a criação de espaços verdes”.

“No âmbito do Erasmus+ fazemos vários intercâmbios. É uma oportunidade de trocar experiências”
António Mansilha
Professor

“Nós fomos às escolas dos países parceiros e eles vieram à nossa. É uma oportunidade de trocar experiências e conhecimentos”, vinca.

Nina Westmeier é professora na Alemanha. Sobre este projeto, destaca que “queremos tornar as escolas mais verdes” e mostra-se “impressionada com o trabalho feito em Portugal”, nomeadamente em Alijó.

De Itália, Roberta Petralia confessa que esta é “uma ótima experiência para alunos e professores, porque podemos trocar ideias, falar da nossa experiência e pensar num futuro cada vez mais sustentável, pois não temos outro planeta. São países diferentes, mas com problemas ambientais semelhantes”.

Já Valerie Deforge, de França, fala deste projeto como uma oportunidade para “debater o que é necessário fazer em prol do nosso planeta”, frisando que “precisamos de mais espaços verdes”. E mostrou-se “encantada” com as “obras de arte que esta escola faz a partir do lixo”.

Aqui referia-se ao projeto “Reciclar-te”, dinamizado pelo professor Nuno Canelas, e que “aborda o tema da reciclagem num contexto artístico”.

“Com o projeto Reciclar-te, e com a ajuda dos alunos, transformamos lixo em obras de arte”
Nuno Canelas
Professor

“A seguir às guerras, a poluição é, talvez, o maior problema que a humanidade enfrenta e é fundamental abordar este tema nas escolas. Cada vez produzimos mais lixo e é preciso apostar na reciclagem”, afirma o docente, explicando que, “com a ajuda dos14 alunos, transformamos lixo em obras de arte”.

Entre o material utilizado estão pneus, baldes e peças automóveis. A maioria dos objetos está espalhada pelo exterior da escola, numa espécie de galeria a céu aberto. Pelo meio há ainda “ninhos para as aves, uma horta de plantas aromáticas e um pequeno pomar”, refere Artur Cascarejo, diretor do Parque Natural Regional do Vale do Tua, um dos parceiros do agrupamento.

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