Segunda-feira, 20 de Janeiro de 2025
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Uma mão cheia de golos

Depois do interregno de quinze dias, devido ao regresso das corridas, há muito aguardado, ao circuito de Vila Real, voltou o Campeonato da Associação de Futebol de Vila Real, com a equipa de Vila Real a deslocar-se a Santa Marta de Penaguião, brindando os locais, com cinco golos sem resposta. Apesar da goleada, a primeira […]

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Depois do interregno de quinze dias, devido ao regresso das corridas, há muito aguardado, ao circuito de Vila Real, voltou o Campeonato da Associação de Futebol de Vila Real, com a equipa de Vila Real a deslocar-se a Santa Marta de Penaguião, brindando os locais, com cinco golos sem resposta. Apesar da goleada, a primeira parte foi bastante equilibrada, com ambas as formações a jogar ao ataque e à procura do golo. Os homens da casa foram os primeiros a criar perigo, num cruzamento para a área, Vieira não segurou à primeira, mas conseguiu recuperar a tempo de defender o remate de Dani.

A resposta dos forasteiros veio na jogada seguinte, com um livre de Castanha a rasar o poste. As equipas estavam encaixadas e os criativos não tinham espaços, para se desdobrarem na contra-ofensiva. Aos 20 minutos, Vieira saiu bem, aos pés de um avançado da casa e cortou um lance que poderia levar muito perigo, para a sua baliza. Três minutos volvidos, houve uma grande penalidade, a favor dos vila-realenses. Meia sofreu falta, dentro da área. O mesmo jogador tentou converter o castigo máximo, mas Nené conseguiu defender o remate denunciado do jovem avançado “alvi-negro”.

Com a aproximação do intervalo, o Vila Real tentou aproximar-se, com maior acutilância, junto da área do adversário. Gabriel, já na pequena área, rematou, mas a defensiva da casa desviou. Até que Ernesto teve um remate feliz. Fez um cruzamento largo, a bola descreveu um arco, batendo na quina do poste e acabando por entrar na baliza. Sorte para o Vila Real, mesmo ao fechar a primeira parte, adiantando-se no marcador.

A segunda parte foi totalmente diferente, com o Vila Real a dominar, completamente, o Santa Marta que não teve o mesmo fulgor dos primeiros 45 minutos. Com passes curtos, a meio-campo, os jogadores do Vila Real conseguiam dominar esta zona fulcral do terreno. A partir daí, começarem a construir jogadas que levaram muito perigo à defensiva caseira. Com a pontaria mais afinada do que em jogos anteriores, os visitantes estiveram irrepreensíveis, no capítulo da finalização. Aos 57 minutos, Meia ganhou uma bola, a meio-campo, fez a combinação com Ernesto, este devolveu a Meia que, perante a saída de Nené, não teve dificuldades em fazer o segundo golo da tarde. Poucos minutos volvidos, surgiu o terceiro golo, numa falha colectiva da defesa visitada que Meia aproveitou, para bisar, na partida. Saiu de posição regular, ficou isolado e, apenas com Nené pela frente, desviou a bola, fora do alcance do guarda-redes da casa.

A perder por três golos, o Santa Marta nunca mais se conseguiu encontrar e houve um desnorte completo, na estratégia montada para o jogo. Os jogadores já não se entendiam e os erros foram-se sucedendo. As marcações não eram eficazes e a motivação também já não existia, apesar das alterações que o técnico Justino tentou operar. O jogo era, totalmente, controlado pelos forasteiros que chegavam, com facilidade, junto da área contrária. Na sequência da marcação de um canto, Gabriel voltou aos golos. Perante a atrapalhação da defesa da casa, o ponta-de-lança aproveitou para rematar, à meia volta, fazendo o quarto golo da sua equipa.

Já muito perto do final, num desentendimento entre Nené e um seu colega da defesa, permitiu a Luís Carlos obter o quinto golo da equipa “alvi-negra”.

O resultado final representa o culminar de um alto aproveitamento de oportunidades criadas pelos forasteiros que foram implacáveis, perante um adversário que cometeu erros fatais. O Santa Marta não conseguiu manter o mesmo ritmo que impôs no decorrer da primeira parte, sendo derrotado, copiosamente, no seu reduto.

 

Luís Pimentel,

treinador do Vila Real

“Uma excelente exibição da minha equipa”

O técnico vila-realense ficou bastante satisfeito com a vitória e com a exibição da sua equipa que fez um grande jogo.

“Na primeira parte, sentimos algumas dificuldades, com o Santa Marta a entrar muito forte. Também tivemos as nossas oportunidades, como a grande penalidade falhada, situação que afecta, sempre, em termos psicológicos, qualquer equipa. Houve um lance crucial, já a fechar a primeira parte, com um remate feliz de Ernesto, um golo que veio trazer um tónico forte, para o segundo tempo. Ao intervalo, reforcei a ideia de que seria preponderante marcar, cedo, o segundo golo. Entrámos muito fortes e os golos acabaram por surgir, com uma excelente exibição da equipa. Fomos criando sucessivas oportunidades e tudo correu muito bem. Apesar de algumas lesões que têm afectado o plantel, conseguimos colmatá-las, com a qualidade dos jogadores que temos”.

 

Justino, treinador

do Santa Marta

“O resultado não espelha o que se passou”

Apesar da goleada, o técnico da casa refere que ainda há muito campeonato para disputar e que o objectivo principal da equipa se mantém: a subida de divisão.

“Os números não espelham bem o que se passou em campo. Na primeira parte, tivemos as melhores oportunidades de golo, mas isso só não chega, porque é preciso concretizá-las. Na segunda parte, iríamos usar a mesma estratégia do primeiro tempo, mas, com um erro infantil, no último terço defensivo, sofremos o segundo golo e, então, tudo se tornou mais complicado. Perdemos a nossa organização e concentração. O Vila Real aproveitou para juntar as suas linhas e criar lances rápidos de contra-ataque e partir para este resultado volumoso. Para nós, o jogo acabou, quando sofremos o terceiro golo. Dou os parabéns à equipa do Vila Real. Vamos continuar a trabalhar, para alcançar o nosso objectivo que passa por lutar pelos primeiros lugares”.

 

Márcia Fernandes

 

FICHA TÉCNICA

 

Jogo disputado no Estádio Municipal de Santa Marta de Penaguião.

Árbitro: Pedro Mesquita.

Auxiliares: Francisco Pinto e Bruno Trindade.

SANTA MARTA – Nené; Jorginho, Pires, Capelas e Gil (Pedro, 75’); Zé Carlos, Dani, Feliciano e Armando (Miguel Teixeira, 61’); Miguel e Diogo.

Suplentes não-utilizados: Artur, André e David.

Treinador: Justino.

VILA REAL – Vieira; Leirós, Zé Monteiro, Miguel e Peixoto; Ernesto, Fraguito, Castanha e Gabriel (Mica 86’); Nuno Meia (Pedro Alves, 82’) e Palhares (Luís Carlos, 78’).

Suplentes não-utilizados: Carlos, Nuno Silva e Caniggia.

Treinador: Luís Pimentel.

Cartões amarelos: Capelas (23’), Nuno Meia (28’), Ernesto (40’), Peixoto (60’) e Diogo (76’).

Ao intervalo: 0-1.

Marcadores: Ernesto (45’), Nuno Meia (57’ e 65’), Gabriel (85’) e Luís Carlos (89’).

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