Foram indicados por Paulo Pereira, polícia e vogal da zona norte da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP-PSP) à margem da tomada de posse de José Gomes como novo delegado local da associação.
“A falta de meios humanos é um problema transversal ao país, devidamente identificado, que está dependente dos despachos dos ministros e de novas escolas, mas é uma luta nossa, para reforçar os nossos comandos onde a média de idades, e para ser amigo, ronda os 50 anos”, adianta.
Sobre este assunto, Paulo Santos, presidente da ASPP, lamenta “o envelhecimento da instituição”, muito por culpa da pré-aposentação. “O facto de a polícia e o ministério aguentarem o pessoal na instituição, torna-a envelhecida e nos comandos do interior do país isso acaba por ser perigoso porque a complexidade dos crimes está a mudar, podendo estar a ser posta em causa a capacidade operacional”.
“Temos um efetivo muito envelhecido e se os mais velhos forem para a aposentação, a nossa divisão fica muito limitada”
A VTM acompanhou também a tomada de posse do novo delegado da divisão de Chaves que apontou o fator humano como o principal problema a combater.
“Temos um efetivo muito envelhecido e se os mais velhos forem para a aposentação, a nossa divisão fica muito limitada em relação aos meios humanos”, referiu Arnaldo Chapouto.
NOVO COMANDO
É uma promessa, segundo Paulo Pereira, “com cerca de 40 anos”. “Estas instalações eram provisórias e ficaram até hoje, mas sabemos que há um projeto na câmara e nós vamos fazer de tudo para que saia da gaveta”.
“Vamos reunir com a câmara municipal e fazer pressão para que o projeto saia do papel, porque temos muitos problemas nas esquadras. Tivemos, há pouco tempo, inundações, há buracos nos edifícios e isso não dá dignidade nem à polícia nem ao cidadão”, refere.
SUBSÍDIO DE RISCO
Nos últimos tempos, a ASPP tem participado em reuniões com o Governo. Em cima da mesa têm estado vários assuntos, entre eles o subsídio de risco. O líder da ASPP defende que este apoio “deve ser transversal a todos os polícias e aplicado nos mesmos moldes da Polícia Judiciária”.
“Todos os polícias devem ter subsídio de risco porque o risco é inerente à condição policial e não a outra circunstância”, refere, salientando que “aquilo que a ASPP não aceita é que haja uma perda de rendimentos por via dos suplementos, mas que, a partir do que já existe, haja um recuperar desses rendimentos”.
“São eles [delegados] que fazem a ligação entre a direção e os associados, fazendo uma recolha de todas as críticas, sugestões, anseios e expectativas que os sócios, e polícias em geral, têm”
Sobre os delegados locais, Paulo Santos admite serem “a peça mais importante do trabalho e da intervenção sindical. São eles que fazem a ligação entre a direção e os associados, fazendo uma recolha de todas as críticas, sugestões, anseios e expectativas que os sócios, e polícias em geral, têm e também dar a conhecer o trabalho desenvolvido pela ASPP”.
Neste momento, a ASPP conta com sete mil associados, dos quais cerca de 160 são dos distritos de Vila Real e Bragança. Além de Vila Real e Chaves, tomaram posse os novos delegados de Mirandela e Bragança.
Delegados locais
Vila Real – José Gomes
Chaves – Arnaldo Chapouto
Mirandela – Fernando Moás
Bragança – José Sousa