Começou há catorze anos, criou o seu próprio espaço nas feiras dedicadas à castanha e hoje já é uma referência nacional neste tipo de certame. Na edição deste ano, a Castmonte mostra uma evolução na continuidade, bem patente no formato mantido na própria vocação da feira, ou seja, a promoção e valorização da castanha do concelho de Valpaços e dar visibilidade a outros produtos regionais, nomeadamente o vinho, conforme nos assegurou Francisco Tavares. “O objectivo continua a ser a promoção do produto e trazer mais visitantes a Carrazedo de Montenegro para se fazerem negócios e valorizar o produto. Este evento é um grande instrumento de visibilidade do concelho e tem revelado uma crescente dinâmica comercial”. Esta é uma realidade é confirmada com a falta de espaço nos dois pavilhões construídos para acolher os expositores.
Uma das atracções dos últimos anos é o mega bolo de castanha que a organização espera que, este ano, ultrapasse os 650 kg, o que “deverá ser conseguido graças ao recurso a dois fornos”. Para este efeito, pela primeira vez, será produzido na vila por pastelarias e padarias locais e contará também com a colaboração da comitiva francesa da vila de Beynat.
O presidente da Junta de Freguesia, Alípio Barreira, salientou ainda “que mesmo em tempos de crise, espera que a Feira consiga atingir o mesmo sucesso da edição do ano anterior”, aguardando um número de visitantes que pode chegar “aos 20.000”.
Por sua vez, Flávio Costa, presidente da Associação Regional de Agricultores das Terras de Montenegro, ARATM, salientou que a quebra de produção deste ano foi motivada “pelo tempo seco”, realçando contudo “a grande procura da castanha da zona de Carrazedo nos mercados do Grande Porto”. Interesse que ele próprio justificou pela grande qualidade do produto, admitindo mesmo que “a melhor castanha do país e do mundo tem origem no concelho de Valpaços”.
A Castmonte tem um orçamento de 25.000 euros (igual ao do ano passado), é organizada pela Junta de Freguesia de Carrazedo de Montenegro, Câmara Municipal de Valpaços e conta ainda com a colaboração dos Empreendimentos Hidroeléctricos do Alto Tâmega e Barroso e da ARATM.