É uma das principais causas de morte, em Portugal. No entanto, um doente com um Acidente Vascular Cerebral vê a sua hipótese se sobrevivência aumentada, se for atendido, medicamente, nas primeiras três horas, desde o início dos sintomas. Garantir este atendimento é o objectivo de um novo serviço do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes: a Via Verde AVC.
Está já em funcionamento, no Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, a Via Verde Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC), um serviço que fará a cobertura dos distritos de Vila Real e Bragança, e, ainda, do concelho de Lamego.
Segundo Carlos Vaz, Presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar, para o funcionamento da nova valência foi estabelecido “um protocolo com o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), através do qual foi preparado e formado pessoal médico e de enfermagem”.
A Via Verde AVC pretende ser uma “interligação funcional e objectiva”, ou seja, o objectivo é que “um doente referenciado com um AVC seja encaminhado, de imediato, para o Hospital, onde as equipas médicas já vão estar a aguardar a sua chegada, de modo a não haver perdas de tempo, perdas essas que significam, muitas vezes, a diferença entre a vida e a morte”, esclareceu o mesmo responsável.
O Centro Hospitalar transmontano é o segundo, fora do Grande Porto, a disponibilizar este serviço, sendo de realçar que, para já, na Região Norte, apenas mais três unidades hospitalares têm a funcionar a sua Via Verde AVC (Hospitais de São João e de Santo António, no Porto, e Hospital de São Marcos, em Braga).
Os primeiros sintomas de um AVC podem ser “a perda de força ou adormecimento súbito da face, braço ou perna de um lado do corpo, visão enevoada ou perda de visão (sobretudo de for de um só lado), dificuldade em falar ou perceber o que se diz, dores de cabeça de instalação súbita e sem causa aparente e desequilíbrio, principalmente se acompanhados por alguns dos sintomas anteriores. Estes sinais podem, inicialmente, ser passageiros e demorar de alguns minutos a várias horas. Em todo o caso, não se deve perder tempo, devendo recorrer-se, de imediato, ao Serviço de Urgência do Hospital mais próximo e que tenha os recursos indispensáveis, para tratar este tipo de doença”.
Maria Meireles