Num espetáculo carregado de boa disposição e humor e com músicas de elevado nível artístico e espírito académico, a assistência que encheu por completo o Grande Auditório do Teatro Municipal de Vila Real, rendeu-se em absoluto sublimado na qualidade das quatro formações que participaram em concurso.
Estes festivais de tunas são hoje em Vila Real a todos os níveis uma montra de cultura descomplexada que atinge um público cada vez mais eclético e alargado.
Numa manifestação diferenciada de géneros, os grupos exibiram-se como uma constelação de sonoridades coroadas de surpreendentes efeitos musicais. Em cada nova edição verifica-se uma qualidade superlativa das tunas que vêm à nossa cidade dar um novo e espetacular colorido, um sopro revitalizador de juventude.
É uma grande odisseia organizar um evento de tamanha importância na vida cultural de todos nós. O sucesso absoluto desta V Clave- Real Festival de Tunas Femininas, deve-se naturalmente não só ao espírito coletivo dos vários elementos da Vibratuna, mas também ao amor que esses mesmos elementos nutrem pela cidade de Vila Real procurando nestes certames engrandecer a nossa “Bila” e promovê-la às glórias dos grandes eventos culturais que com alguma frequência vão acontecendo por cá.
As tunas são hoje registos importantes de promoção no tecido social e cultural nas várias regiões do país. Devem por isso ser objeto de apoios regulares e incondicionais das instâncias próprias que têm como missão ajudar estas valorosas e corajosas coletividades… As tunas são um bem inestimável e insubstituível no conjunto das demais formas artísticas…
Neste contexto, é importante dar a conhecer as várias tunas que passaram por este V Clave e que certamente os seus nomes, pela prestação de excelência de qualidade e criatividade que mostraram, ficarão na memória de todos quantos se deliciaram em ouvi-las: TFIPCA, Tuna Feminina do Instituto Politécnico do Cávado e Ave- Tunassa, Tuna Feminina do Instituto Superior de Agronomia- A Feminina, Tuna Feminina da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa- Tun´ao Minho, Tuna Académica Feminina da Universidade do Minho.
Como extra concurso participou a incrível Transmontuna, com uma intervenção que desencadeou da plateia fortes aplausos. O sentido exponencial de alegria e de bom humor à mistura, são marcas indeléveis da Transmontuna, são sinais distintos de inteligência e sensibilidade.
Inevitável e expectante foi a atuação da Tuna anfitriã: a Vibratuna que mais uma vez mostrou a razão do seu categorizado estatuto e que não desiste no seu propósito de apostar em novos certames pelo amor que tem à sua cidade. A exemplo de anos anteriores, as várias tunas a concurso foram a recriação explícita de uma música que cada vez ganha mais adeptos e entusiastas.
Os jovens sabem hoje mostrar no palco os seus dotes de qualidade artística. Alguns são mesmo geniais e amam a música porque nestes agrupamentos eles exploram a sua veia criativa e manifestam o seu espírito solidário.
Na atribuição de prémios houve uma explícita e total unanimidade dos elementos do júri quanto aos prémios atribuídos. Da parte da assistência houve a aceitação explícita dos mesmos prémios atribuídos. Simbiose perfeita, cumplicidade total, alegria irradiada nos rostos.
É sempre assim na despedida. Ficamos sempre à espera de um novo certame. A vida é feita para ser vivida e bem quando há objetivos bem delineados que nos ajudam a alimentar a esperança de um novo dia. A vida há de continuar como fluxo visível da dimensão humana pelos instrumentos, pelas vozes e pelas lindas coreografias reveladas em palco.
Parabéns à Vibratuna pela grandiosidade do seu trabalho e pela forma como o souberam lavrar. Ficamos à espera pelo VI Clave. Ficamos ansiosos vibrando com a lágrima antecipada vibrando na fantasia hilariante da felicidade.