Quinta-feira, 12 de Dezembro de 2024
No menu items!

Vila Real, 1 | Fiolhoso, 0

Depois de uma semana agitada nas hostes alvi-negras, com a saída de Mike Patrick, a tranquilidade parece ter voltado ao seio da equipa vila-realense com a entrada do técnico Carlos Felisberto. Apenas com cinco dias de trabalho à frente da equipa, o jovem treinador apresentou algumas alterações no onze em relação ao seu antecessor.

-PUB-

Optou por colocar os atletas mais experientes no recinto do jogo, onde o meio-campo esteve bem povoado com cinco elementos para tentar lançar o ataque continuado. O Fiolhoso apresentou-se com duas linhas defensivas em bloco que criou bastantes dificuldades de penetração aos homens mais avançados do Vila Real. Sempre que tinham oportunidade, os forasteiros não descoraram o contra-ataque, criando alguns calafrios à defensiva da casa.

Apesar do relvado estar em péssimas condições para a prática desportiva, o Vila Real entrou com grande mobilidade ofensiva, mas não conseguia criar situações de verdadeiro perigo para a baliza à guarda de Sérgio. A primeira vez que o guarda-redes teve de se aplicar foi num livre cobrado por André Lisboa, já perto da meia hora de jogo. Na jogada seguinte, o perigo volta a rondar a área do Fiolhoso, mas desta vez, o remate sai a rasar o poste. Aos 32’, Pedrito tem uma excelente oportunidade para abrir o marcador, já que aparece isolado à frente de Pedro, remata para a baliza, mas valeu a recuperação de Ernesto a tirar sobre a linha de golo. O flanco direito dos visitados subia muito no terreno, aliás Bessa e Castanha estiveram muito activos na frente, mas deixavam a defensiva descompensada, tendo o Fiolhoso aproveitado para atacar preferencialmente por essa faixa do terreno. Aos 34’, André Azevedo tem um grande trabalho já dentro da área, remata forte para uma boa intervenção de Sérgio. A bola ainda fica na posse de Castanha que, em boa posição, atira às malhas laterais. Volvidos 4 minutos, Moura aparece solto na área e é travado pelo guarda-redes Sérgio. O árbitro, perto do lance, não teve qualquer dúvida em assinalar o castigo máximo. Chamado à conversão, André Lisboa remata para o único golo da partida, o guarda-redes cai para um lado e a bola vai para o outro. O intervalo chegou com a equipa da casa em vantagem no marcador.

Na segunda parte, a toada de jogo manteve-se, com o Vila Real a tentar chegar ao segundo golo e o Fiolhoso a espreitar o contra-ataque, tentando dessa forma surpreender o seu opositor. Ainda chegou a incomodar a defensiva alvi-negra, onde ganhou alguns pontapés de canto, mas sem resultados práticos. Aos 54’, o Vila Real aproveitou o adiantamento do seu adversário para criar uma boa situação, mas o remate forte de Shuster teve um defensor à altura, o guarda-redes Sérgio. Com o relvado cada vez mais encharcado, era difícil praticar bom futebol, mas Shuster tentou contrariar o próprio piso e desenvolveu uma excelente jogada individual, ultrapassando vários adversários, mas não acertou com êxito na baliza, já que a bola saiu por cima do travessão. Aos 77’, Nelson teve uma boa ocasião para chegar à igualdade, mas o remate sai a rasar o poste da baliza de Pedro. A resposta não tardou e André Azevedo proporciona a Sérgio a defesa da tarde. Ainda na sequência da jogada, a bola fica em Shuster que remata às malhas laterais.

A vitória acaba por assentar bem à equipa da casa, já que teve mais domínio, mais oportunidades, onde faltou alguma eficácia na finalização. O Fiolhoso tem um bom conjunto e mostrou uma boa atitude perante um adversário que não é do seu campeonato.

Num jogo fácil de gerir, o árbitro esteve bem a nível técnico, mas teve alguns lapsos na componente disciplinar.

 

 

 

CARLOS FELISBERTO, treinador do Vila Real

“O resultado foi injusto, face à nossa produção ofensiva”

O novo técnico alvi-negro ficou satisfeito com a estreia vitoriosa e sublinhou as diversas oportunidades criadas, onde só faltou a finalização com êxito.

“Já estávamos à espera de um jogo difícil, porque o Fiolhoso é uma equipa organizada que se apresentou com um bom bloco defensivo e com estas condições de terreno, tudo se complica mais para a equipa que tem de ter mais posse de bola. Num jogo que tínhamos que ganhar, fomos melhores, criamos 19 situações de finalização, mas pecamos na eficácia. O resultado acaba por ser injusto, face àquilo que produzimos dentro de campo. Para estabilizar os níveis de confiança, o mais importante foi mesmo conquistar os três pontos e o objectivo foi cumprido”.

Apenas com 5 dias à frente dos alvi-negros, Carlos Felisberto promete trabalhar com mais motivação e automatizar algumas rotinas próprias da sua forma de comandar as equipas.

 

 

RICARDO CRUZ, treinador do Fiolhoso

“Dignificamos as cores do Fiolhoso”

No final do encontro, o técnico forasteiro ficou satisfeito com a exibição da sua equipa, referindo que os seus jogadores dignificaram a camisola.

“Apesar de termos perdido, acabamos por dignificar as cores do Fiolhoso. Vínhamos com a intenção de vencer o jogo, apesar de sabermos que o Vila Real tem outros argumentos e mais opções. Não conseguimos vencer, mas a postura, a entrega e a dedicação foi enorme. Não digo que merecêssemos o empate, mas se ele tivesse acontecido, seria um bom prémio para nós. O Fiolhoso provou dentro das quatro linhas que tem uma boa equipa e os pontos que conquistamos não são obra do acaso, mas sim fruto do nosso trabalho e é assim que vamos continuar a actuar. O Vila Real esteve bem, com grande entrega e os jogadores também queriam mostrar o seu valor ao novo treinador”.

 

 

 

FICHA TÉCNICA

 

Jogo disputado no Complexo Desportivo do Monte da Forca, em Vila Real.

 

Árbitro: Hugo Araújo

Auxiliares: Camilo Ferreira e Gilberto Patuleia

 

VILA REAL – Pedro, Bessa, Francis, Nuno Fredy, Ernesto, André Lisboa, Castanha (Henrique, 80’), Shuster, Miguel Ângelo (Henrique, 80’), André Azevedo, Moura (Mico, 87’).

Suplentes não utilizados: Ivo, Conceição, Mica e Luís Carlos.

Treinador: Carlos Felisberto

 

FIOLHOSO – Sérgio, Hugo Letra, Catarino, Agostinho, Flávio, Vítor Cardoso, Pedrito (Teixeira, 80’), Hugo Silva, Vítor Paiva (Zé Miguel, 65’), Nelson, Nuno.

Suplentes não utilizados: Márcio e Ricardo.

Treinador: Ricardo Cruz

 

Ao intervalo: 1 – 0

 

Cartões Amarelos: Agostinho (16’), André Lisboa (28’), Flávio (38’), Nuno (74’)

APOIE O NOSSO TRABALHO. APOIE O JORNALISMO DE PROXIMIDADE.

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo regional e de proximidade. O acesso à maioria das notícias da VTM (ainda) é livre, mas não é gratuito, o jornalismo custa dinheiro e exige investimento. Esta contribuição é uma forma de apoiar de forma direta A Voz de Trás-os-Montes e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente e de proximidade, mas não só. É continuar a informar apesar de todas as contingências do confinamento, sem termos parado um único dia.

Contribua com um donativo!

MAIS ARTIGOS

VÍDEOS

Mais lidas

ÚLTIMAS NOTÍCIAS