Quarta-feira, 11 de Dezembro de 2024
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Vila Real, 2 – Vilarinho, 1

Depois da goleada, ante o Cerva, o Vila Real encontrou mais dificuldades, para derrotar o Vilarinho que se deslocou a Vila Real com o intuito de conquistar pontos. Naquele que foi o primeiro jogo do Campeonato Distrital da Divisão de Honra da Associação de Futebol de Vila Real, os vila-realenses demonstraram uma clara supremacia perante […]

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Depois da goleada, ante o Cerva, o Vila Real encontrou mais dificuldades, para derrotar o Vilarinho que se deslocou a Vila Real com o intuito de conquistar pontos. Naquele que foi o primeiro jogo do Campeonato Distrital da Divisão de Honra da Associação de Futebol de Vila Real, os vila-realenses demonstraram uma clara supremacia perante o adversário e a vitória acaba por ser um justo prémio para a única equipa que procurou vencer.

As festividades que aconteciam nos arredores da cidade de Vila Real terão afastado os adeptos do jogo, pois foram poucos os que se deslocaram ao Monte da Forca. Mesmo assim, a equipa da casa cedo iniciou a sua cavalgada para junto da área contrária, mas nem sempre com a objectividade que se impunha. O Vilarinho, bem arrumado na sua defensiva, tentou não dar espaços aos homens mais criativos do Vila Real, como Nuno Meia que tentou várias vezes o lance individual que acabou por não surtir qualquer efeito prático. Já os forasteiros aproveitaram o adiantamento dos da casa, para criar lances de puro contra-ataque. Aliás, aos 20 minutos, apareceram três homens na área de Vieira, preparados para o remate, mas atrapalharam-se, mutuamente, acabando por desperdiçar uma boa ocasião.

A partir daqui, assistimos a um autêntico festival de oportunidades goradas pelos visitados. O seu maior protagonista foi o jovem Pedro Alves. Não sendo um avançado de área, passaram pelos seus pés muitas das boas oportunidades criadas pela equipa da casa. Mas, na baliza contrária, também esteve um bom opositor, o guarda-redes Luís que foi, na nossa opinião, o melhor elemento em campo dos homens de Basto. Durante os primeiros 45 minutos, foi, pelo menos, por quatro vezes que negou o golo ao avançado Pedro. Este não teve a calma e confiança necessárias para inaugurar o marcador, quando conseguiu ficar cara a cara com o guarda- -redes adversário. Já sobre o apito para o intervalo, foi Vítor a substituir Luís, ao tirar a bola sobre a linha de golo, depois do remate enrolado de Pedro.

O técnico vila-realense, Luís Pimentel, foi para os balneários a repensar uma estratégia para furar a muralha defensiva montada pelo adversário. Mesmo assim, como não dispunha de nenhum avançado no banco, não fez alterações ao intervalo. Continuou a apostar no mesmo onze e, com Gabriel lesionado, não havia alternativas para colocar alguém mais possante, junto dos centrais do Vilarinho.

A toada ofensiva continuou, mas sem resultados visíveis. As oportunidades eram criadas, mas os golos não apareciam. Até que, depois de várias perdidas incríveis, surgiu, finalmente, o golo. Luís Carlos faz um cruzamento largo, ao segundo poste, onde apareceu Nuno Meia, completamente solto, a rematar, sem oposição, para o primeiro golo da partida.

Esperava-se uma reacção da equipa de Basto, mas os seus sectores não conseguiam fazer as transições da defesa para o ataque. A equipa sentia dificuldades em desdobrar a sua estratégia e, com o golo do adversário, não conseguiu explanar o seu futebol, de forma a alvejar a baliza de Vieira. O Vila Real continuou a dominar e a desperdiçar mais algumas boas ocasiões, verificando–se muita displicência dos avançados “alvi-negros”, na hora do remate final. Até que, aos 83 minutos, finalmente, Pedro apontou o segundo golo da partida. Castanha teve um grande pontapé, à entrada da área, Luís não conseguiu segurar, e, na recarga, Pedro Alves, muito oportuno, acabou por fazer um bom golo, rematando fora do alcance de Luís. Desta vez, levou a melhor sobre o guarda- -redes das terras de Basto.

Em período de desconto e quando nada o fazia prever, surgiu o golo do Vilarinho. Houve um primeiro remate do avançado visitante, Vieira defendeu para a frente, aparecendo Meireles, livre de marcação, a atirar, para o fundo das redes. Este golo, a surgir já ao “cair do pano”, não evitou a derrota da equipa vinda de Vilarinho que também não mereceu mais, uma vez que veio a Vila Real, apenas, jogar para o empate. Os vila-realenses foram muito superiores e dominaram completamente o desafio. A vitória e os três pontos ficaram bem entregues a um Vila Real que precisa de fazer alguns ajustes, no capítulo da finalização.

 

Luís Pimentel,

treinador do Vila Real

“Foi o jogo das

oportunidades perdidas”

 

Satisfeito com o resultado, Luís Pimentel salientou a superioridade da sua equipa e as muitas oportunidades goradas pelos seus pupilos.

“A história do jogo é o das oportunidades perdidas. Tivemos mais de meia dúzia de oportunidades claríssimas de golo que poderiam transformar um jogo difícil num jogo fácil. Não conseguimos marcar cedo em com o passar do tempo, a ansiedade aumentava e tudo se tornava mais difícil, nomeadamente para quem ataca. Felizmente, conseguimos marcar em duas ocasiões e alcançar a vitória que era o nosso principal objectivo. É evidente que não podemos, no futuro e em casa, criar uma dúzia de oportunidades e não a concretizar. Arriscamo-nos a ter dissabores, quando menos esperarmos. Temos que mostrar mais eficácia, na zona de finalização, para podermos partir para resultados positivos e desmontar a estratégia defensiva dos adversários que nos vão aparecer, ao longo do campeonato”.

 

Vítor Teixeira

treinador do Vilarinho

“O Vila Real é um sério

candidato à subida”

 

Insatisfeito com a derrota, Vítor Teixeira gostou da prestação da sua equipa, mas admitiu que o Vila Real foi mais forte, pelo que a vitória acabou por ser justa.

“O resultado é natural. Não há dúvida de que o Vila Real teve maior ascendente, mais oportunidades que não concretizou. O Vilarinho bateu-se bem, não deixou o adversário organizar-se, mas acabámos por perder com uma boa equipa que é uma séria candidata à subida de divisão. Mesmo assim, não fomos bafejados pela sorte. Parece-me que houve dois lances de grande penalidade, a favor do Vilarinho, que o árbitro não viu. Apesar da derrota, saímos daqui dignificados. Como o Vila Real criou mais oportunidades, o resultado acaba por se ajustar, mas, se tivéssemos uma pontinha de sorte, poderíamos sair daqui com um empate. O Vilarinho tem como objectivo a manutenção. Ficar nos dez primeiros já será muito bom, para o clube que tem um plantel curto e com algumas limitações”.

 

Márcia Fernandes

 

FICHA TÉNICA

 

Jogo disputado no Complexo Desportivo do Monte da Forca, em Vila Real.

Árbitro: Carlos Pereira.

Auxiliares: Vítor Oliveira e Tiago Costa.

VILA REAL – Vieira; Miguel, Zé Monteiro, Fredy e Caniggia (Peixoto, 88’); Norberto (Palhares, 57’), Ernesto, Castanha e Nuno Meia; Pedro Alves (Nuno, 81’) e Luís Carlos.

Suplentes não utilizados: Gomes e Fraguito.

Treinador: Luís Pimentel,

VILARINHO – Luís; Peixe, Júlio, Vítor e André (Coelho, 80’); Nelinho, Dânio (PH, 90’), Mica e Teixeira (Meireles, 67’); Zé Russo e Albino.

Suplentes não utilizados: Márcio, Faria, Nelson e Bruno.

Treinador: Vítor Teixeira.

Cartões amarelos: Nelinho (5’), Zé Monteiro (55’), Albino (56’), Ernesto (67’) e Peixe (90’).

Ao intervalo: 0 – 0.

Marcadores – Nuno Meia (69’) e Pedro (83’), para o Vila Real; Meireles (90+2’), para o Vilarinho

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