“A nossa proposta pretende que haja o menor impacto possível nas pessoas de maior carência”, garantiu, ao Nosso Jornal, Miguel Esteves, presidente da Empresa Municipal de Água e Resíduos de Vila Real (EMAR) e vereador da Câmara Municipal, adiantando que na próxima semana já deverá ser discutida a proposta do novo tarifário da rede de abastecimento.
Sem adiantar mais pormenores e revelando que mais informações deverão ser veiculadas já na próxima semana, o vereador reforçou a ideia de que os pilares da proposta de revisão do tarifário da água vão “de encontro à protecção dos mais carenciadas, das famílias numerosas e dos idosos”.
No entanto, Miguel Esteves classificou, desde já, a proposta de revisão do tarifário da distribuição em alta, feita pela empresa Águas de Trás-os-Montes e Alto Douro (AdTMAD), como “injusta”.
De recordar que, a Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR) está a preparar uma recomendação de alteração tarifária que tem como finalidade equilibrar as contas da água e saneamento em todo o país.
“O país vai acabar por ter a mesma estrutura tarifária. Acabam-se os escalões injustos e as discrepâncias terríveis para os municípios” explicou uma responsável pelo departamento de economia e finanças da ERSAR em declarações a um órgão de comunicação social regional na sequência de uma sessão informativa realizada no final de Janeiro, em Mirandela.
Apesar de não se garantir uma tarifa única, o pretendido pela ERSAR é “harmonizar os tarifários” de forma “justa e equitativa”.
De sublinhar que, a Empresa Portuguesa das Águas Livres (EPAL), que garante a gestão da rede de abastecimento de cerca de 259 mil lares de mais de duas dezenas de municípios, entre os quais Lisboa, já tem em vigor, desde o início desta semana, um tarifário que prevê um aumento de 1,37 por cento no preço da água para consumo doméstico, o que representa um acréscimo de 16 cêntimos na factura mensal.