Ao todo são cerca de 300 mil litros de vinho que rumaram aos portos de Lobito e Luanda, sendo depois distribuídos nas cadeias de comercialização do território angolano. Esta exportação é vista com optimismo pelo presidente da Adega Cooperativa de Santa Marta de Penaguião, José Lopes. “É um negócio que pode abrir portas no grande mercado angolano, não só aos vinhos das Caves de Santa Marta, mas também a toda a região duriense. Temos vinhos de grande qualidade e estou confiante em mais exportações”.
O dirigente acabou por deixar ainda uma observação oportuna e pertinente. “O Douro tem de se agarrar a tudo, nomeadamente aos novos mercados e não se deixar ultrapassar por outras regiões. Por exemplo, em Angola, os vinhos alentejanos há muito que estão implantados”. Aliás, mesmo os vinhos do Ribatejo têm aparecido neste mercado africano, sabendo-se que, em 2008, a exportação de vinhos do Tejo para o país africano gerou uma facturação de um milhão de euros. Portanto, não admira que Angola já seja o principal destino das exportações de vinho português.
Em nove anos, as exportações de vinho cresceram mais de 600 por cento, valendo hoje 53,3 milhões de euros. Para 2010, mais de 700 mil garrafas de vinhos portugueses irão ser exportadas para este país africano. São números a que os produtores e adegas da Região do Douro deverão estar atentos.