Sábado, 18 de Janeiro de 2025
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Viseiras que ajudam quem está na linha da frente

Paulo Fernandes, com formação em engenharia civil, tem em mãos um dos projetos mais “gratificantes” da sua vida.

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Depois de se ver obrigado a fechar a empresa, com sede na zona industrial de Vila Real, e enviar os trabalhadores para casa, este empresário pôs mãos à obra para ajudar “aqueles que estão na linha da frente e que se sentem um pouco desprotegidos no combate a este inimigo invisível”.

Recorre a “capacetes de construção civil e policarbonato” para fazer viseiras de proteção. “Penso nisto como uma solução eficaz, que permite reutilização, uma vez que são fáceis de limpar, e demoram pouco tempo a fazer”, explica Paulo Fernandes, acrescentando que “primeiro retiro a parte superior do capacete, para que fique mais leve e mais estável, e depois coloco a folha de policarbonato”.

 

 

 

 

 

 

Em pouco mais de uma semana “já fiz algumas dezenas, que fui entregando ao Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro”, e o feedback, garante, “é muito bom”.

“Aqueles que já as usaram mostraram-se muito satisfeitos. É um motivo de orgulho poder ajudar quem está na linha da frente. É por isso que continuo a produzir as viseiras e a divulgar a iniciativa, para que mais pessoas possam contribuir”.

Quem se quiser juntar a este vila-realense pode fazê-lo através da sua “página de Facebook ou pelo número 967 571 033”.

“TIVEMOS MUITOS PEDIDOS”

Micael e Dominique dos Santos têm uma gráfica em Macedo de Cavaleiros e estão, também, a produzir viseiras de proteção.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

“Começámos a receber vários pedidos de profissionais de saúde na nossa página de Facebook. Viram imagens de viseiras na internet e queriam saber se havia possibilidade de as produzirmos”, explicou Micael, à VTM.

Com a ajuda de quatro empresas locais, e de amigos da área da saúde, estes irmãos avançaram com o fabrico das viseiras. “Até agora já oferecemos 120, distribuídas pelo hospital, centro de saúde, bombeiros e lares de Macedo de Cavaleiros”.

As viseiras que produzem são feitas com “acrílico de 4mm, que é aquecido para se fazerem as dobras, na parte da frente tem uma folha de acetato e depois leva um elástico que permite ajustá-las”.

Até chegarem ao produto final, estes irmãos passaram por várias fases. “Um colega nosso, do Porto, está a produzir viseiras em 3D. Fizemos a primeira maqueta tendo em conta as que ele fazia, mas fomos fazendo alterações para garantir mais conforto a quem as vai utilizar”.

Além da produção de viseiras, esta gráfica macedense tem ainda em curso uma iniciativa que permite que todos contribuam para esta causa. Basta para isso comprar uma t-shirt com o desenho de uma arco-íris, no valor de 10 euros, sendo que metade do valor reverte para a compra de material de proteção para os profissionais de saúde do distrito de Bragança.

As encomendas podem ser feitas através do email:

sonia@midoel.com

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