Luís Quinta, fotógrafo da vida selvagem de renome internacional, vai ser o primeiro formador de um ciclo de workshops temáticos de Fotografia sobre a Biodiversidade que a Câmara Municipal de Vila Real está a promover, a partir de hoje, no âmbito do projeto “Proteger é conhecer”.
Transmitir a um grupo de 15 fotógrafos amadores vila-realenses a sua experiência de mais de 20 anos, é o objetivo do workshop sobre a iniciação à fotografia da biodiversidade que arranca hoje, com 2 horas teóricas e 12 práticas, e que terá continuidade amanhã, com uma apresentação aberta ao público em geral (pelas 18h00).
Com a parte teórica a decorrer na sede da Agência de Ecologia Urbana, no Bairro dos Ferreiros, e a prática a variar entre os principais pontos de interesse natural do concelho, o ciclo de workshops contará com a presença de mais cinco fotógrafos convidados.
Depois da presença de Luís Quinta, a iniciativa vai contar com a experiência e conhecimentos de Albano Soares e Ernestino Marvalhas (nos dias 3 e 4 de maio), de Armando Caldas e Tiago Palma (nos dias 17 e 18 de maio) e ainda de João Cosme (nos dias 31 de maio e 1 de junho).
A participação nos vários workshops, que vão abordar várias temáticas (“Odonatas e lepidópteros”, “Aves, répteis e anfíbios” e “Fotografia de paisagem”), está restrita a grupos de 15 pessoas, não sendo exigida aos participantes qualquer contrapartida financeira, apenas a paixão pela natureza e pela fotografia.
Para participar nas várias oficinas é obrigatório possuir uma “câmara fotográfica digital que permita o controlo manual da exposição, da focagem, da sensibilidade e da temperatura da cor”. Obviamente, “são convidadas a participar as pessoas que gostem do mundo natural e não tenham problemas em lidar com os animais e ver imagens de répteis, anfíbios, etc.”, advertiu Miguel Esteves, vereador da Câmara Municipal de Vila Real responsável pelo pelouro do ambiente.
O mesmo responsável político sublinhou o orgulho da autarquia em ter conseguido trazer ao município a experiência de um conjunto de profissionais de renome internacional que fazem parte de um grupo restrito de pessoas que trabalham na área da fotografia da biodiversidade.
“Vamos poder constituir um espólio de qualidade para mais tarde, quem sabe, fazermos uma publicação sobre a grande biodiversidade que existe no nosso território”, referiu ainda o vereador, adiantando que em breve a Câmara Municipal, através do Plano de Preservação da Biodiversidade, vai ainda promover um concurso de fotografia aberto a toda a população.
O grande objetivo, defendeu Miguel Esteves, é “continuar a sensibilizar a população” tal como indica o nome de um dos dois projetos do Plano Municipal, o “Proteger é conhecer”, que em outubro terão a sua conclusão.
Apesar de entrarem agora na reta final, os dois grandes projetos (“Proteger é conhecer” e “SeivaCorgo”), que a autarquia levou a cabo ao longo dos dois últimos anos com um investimento de 1,7 milhões de euros cofinanciados por fundos europeus através do Programa Operacional Regional do Norte (ON.2 – O Novo Norte), a preservação da biodiversidade do município é “uma aposta para continuar”. “Através dessa candidatura, realizamos um conjunto de iniciativas e ações, mas, nitidamente, não queremos parar por aqui, queremos que o Plano continue. Aliás, algumas das intervenções, nomeadamente nas margens ribeirinhas, como é o caso do Rio Corgo, não se podem cingir a este espaço temporal”, concluiu o edil.
Um dos legados que ficará do “Proteger é conhecer” é a rede de voluntariado ambiental, uma estrutura criada pela autarquia que, no próximo dia 21, será novamente ‘ativada’. Desta feita, os voluntários, que já são mais de meia centena, vão ser convidados a participar em mais uma “Roga dos Rios”.
