Sexta-feira, 13 de Dezembro de 2024
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D. Nuno Álvares Pereira e a Espanha, ou «ódio velho não causa»

Agora, que D. Nuno Álvares Pereira ou, como depois se chamou, Frei Nuno de Santa Maria, beatificado já, embora tardiamente, 1918, vai ser elevado à categoria de Santo no próximo dia 26 de Abril, é bom recordar, no momento actual, a sua figura de extrema grandeza moral ligada a uma aura de heroísmo que a tornou símbolo da nossa raça na passada Idade-Média e no nosso presente actual, tão carente de valores morais e não só.

Escudeiro que foi na corte de D. Fernando e D. Leonor Teles, é armado cavaleiro ao actuar, muito jovem ainda, com excepcional valentia contra os castelhanos que atacavam Lisboa.

Mas depois, quando Portugal corre o risco de perder a sua independência face à perspectiva de ser governado pelo rei de Castela casado com a única filha de D. Fernando, a sua aura de guerreiro atinge dimensões homéricas.

Defensor acérrimo de D. João, Mestre de Avis, é à sua espada e inteligência que ele ficou a dever a conquista de Portugal, depois de uma série de batalhas em que D. Nuno Álvares Pereira se cobriu de glória, como a dos Atoleiros. Mas aquela em que mais brilhou o

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