Estima-se que 80% de todas as crianças tiveram pelo menos um episódio de OME até aos 10 anos de idade, com pico de prevalência nos primeiros dois anos de vida. Caracteriza-se pela presença de líquido na parte média do ouvido, com uma membrana timpânica intacta, sem sinais de infeção aguda, e diz-se crónica quando o líquido persiste por mais de três meses.
A OME pode ser recorrente em cerca de 30% das crianças, estando por isso potencialmente associada a perda auditiva de transmissão, originando problemas na linguagem, comportamento e baixo rendimento escolar.
A alta prevalência da OME em crianças pequenas tem sido associada à imaturidade estrutural, ao maior índice de infeções respiratórias por exposição a vírus e bactérias nas creches, e à hipertrofia do tecido linfóide adenoideu.
A entrada do novo ano escolar evidenciou um forte aumento do número de casos de OME associado, por vezes, a infeções respiratórias. Por um lado, é necessário considerar que os fatores estruturais e anatómicos, por outro, a existência de um défice de estimulação imunológica, que potencia o reaparecimento recidivas e o aparecimento de novos casos.
É necessário estarmos atentos, enquanto pais, enquanto profissionais de saúde, enquanto educadores e cuidadores, porque a OME é uma doença muitas vezes silenciosa, mas com forte impacto no desenvolvimento e na qualidade de vida da criança.
Por isso, recomenda-se uma avaliação por um profissional de saúde, das crianças com antecedentes de OME ou um rastreio sempre que haja suspeita de OME.
Marcação de consulta na área pessoal do MY LUZ (App), por telefone (259 043 970) ou através do nosso site: www.hospitaldaluz.pt/vila-real/pt
