Domingo, 1 de Dezembro de 2024
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400 Azevinhos vão ser plantados na cidade

A Câmara Municipal de Vila Real, a Associação de Produtores Florestais do Vale da Campeã e a Quercus – Núcleo Regional de Vila Real e Viseu, têm em mãos um projecto pioneiro que pretende transformar Vila Real na cidade dos azevinhos. Ao todo, e numa primeira fase, serão plantados cerca de meio milhar de exemplares.

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O lançamento do projecto “Vila Real Cidade dos Azevinhos” iniciou-se anteontem com uma plantação simbólica de algumas destas plantas, junto à Igreja de Nossa Sr.ª da Conceição, na Praceta Monsenhor João Gonçalves da Costa. Aliás, os espaços públicos serão privilegiados nesta acção, mas também as pessoas interessadas em plantar azevinhos, nos seus jardins, podem solicitar o seu pedido através da Internet para o endereço: vrcidadedoazevinho@gmail.com.

O presidente da Câmara Municipal de Vila Real, Manuel Martins, plantou o primeiro exemplar e estava satisfeito com esta iniciativa ecológica.

“É um projecto muito bonito, e eu só posso aplaudir esta ideia bem interessante que nasceu com a Quercus e com a Associação de Produtores Florestais do Vale da Campeã, parceiros da Câmara Municipal neste projecto. É uma ideia original, uma vez que não conheço nenhuma cidade em Portugal que seja a cidade dos azevinhos. É uma iniciativa única e pioneira”.

O autarca adiantou que a preocupação actual da Câmara Municipal é manter a população da cidade igual ou a menos de 200 metros do espaço verde. “Temos cerca de 60% da população a 200 ou menos metros do espaço verde, e temos cerca de 8% da população entre 200 a 400 metros do espaço verde. O que é bom. Contudo, gostava de vos citar que a organização das Nações Unidas prevê que deve existir nas cidades cerca de 20 m2 de espaço verde por habitante, em Vila Real temos 22,4 m2. É obvio que estou contente, mas vamos fazer tudo para aumentar isto”.

Por outro lado, João Pereira, da Associação de Produtores Florestais do Vale da Campeã, referiu, ao Nosso Jornal, que “o projecto surge numa altura em que a tendência mundial é utilizar em todo o lado o mesmo tipo de plantas. É também uma forma de mostrarmos às populações locais a beleza das espécies autóctones que temos”.

O maior incentivo e o maior destaque vai ser dado ao azevinho, mas também vão ser utilizadas outras plantas de jardim que são autóctones.

Nesta iniciativa está prevista a plantação de 400 azevinhos e 100 plantas de outras espécies. “Vão ser plantados não só em espaços públicos mas, também, em jardins privados. Todas as pessoas que tenham espaço privado e que pretendam plantar um azevinho podem entrar em contacto connosco que nós iremos lá plantar as árvores sem qualquer custo”, sublinhou João Pereira.

Por sua vez, o representante da Quercus, João Branco, explicou a razão da escolha do azevinho. “Escolhemos o azevinho porque é uma espécie emblemática, associada ao Natal e tem uma mística. Queremos aproveitar para ‘colar’ a imagem do azevinho à cidade de Vila Real, se isso for possível. Se as pessoas visitarem Vila Real e virem muitos azevinhos, a cidade será identificada como a ‘Cidade do Azevinho’, como o Porto foi em tempos a ‘Cidade das Camélias’. Mas temos outras espécies: o medronheiro, o azereiro e o folhado, que são espécies autóctones, onde, por exemplo, o medronheiro e o folhado são espécies muito resistentes à secura”.

O azevinho numa primeira fase precisa de rega, depois de uma certa dimensão deixa de precisar de ser regado. Esta planta possui árvores macho e árvores fêmeas. E só as fêmeas é que dão as famosas bolinhas, mas se não houver machos para polinizar as flores das fêmeas, também não há bolinhas.

Refira-se ainda que esta acção vai até ao final deste mês, mas se for necessário poderá ser prolongada. Esta iniciativa terá ainda a colaboração das escolas na plantação em outros locais.

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