"O projeto termina em 31 de agosto. A partir de agora haverá uma nova fase em que deixará de chamar se projeto para ser Serviço de Apoio Domiciliário à Demência, que passará a ser financiado, em exclusivo, pela município e pelo SCMM", explicou à Lusa o presidente da Câmara de Mogadouro, Francisco Guimarães.
O autarca de Mogadouro, adiantou que está a ser estudada uma forma de protocolo para que o serviço se mantenha em funcionamento neste concelho do distrito de Bragança.
"O município manterá o apoio ao neurologista, psicólogo e ao animador que integram a equipa do serviço", vincou o responsável.
O PADD da Santa Casa da Misericórdia de Mogadouro (SCMM) tem uma duração de dois anos e venceu na passada semana a 7.ª edição do Prémio Maria José Nogueira Pinto em Responsabilidade Social.
O provedor da SCMM avançou que o montante do prémio Maria José Nogueira Pinto atribuído à instituição será aplicado em "30 ou 40 aparelhos" de georreferenciação destinados a pessoas portadoras de demência.
"Este montante, na ordem dos 10 mil euros, vai apoiar a aquisição de 30 ou 40 aparelhos de georreferenciação que serão distribuídos pelos utentes portadores de demência incluídos no Projeto de Apoio Domiciliário (PADD), promovido pela instituição", vincou à Lusa João Henriques.
Estes aparelhos, dos quais ainda não é conhecido o seu modelo, permitem uma localização "em tempo útil e com exatidão dos utentes portadores de demência".
Os profissionais de saúde que integram o PADD já tratam mais de 70 doentes portadores de demência, "havendo muitas mais pessoas referenciadas por parte desta equipa multidisciplinar que inclui uma neurologista, uma psicóloga e serviço de enfermagem".
No PADD foram investidos cerca de 140 mil euros provenientes do Programa Operacional de Inclusão Social e mais 60 mil euros de um investidor social que é o município de Mogadouro.
"Estes valores deverão manter-se. Contudo, a expensas do município e da SCMM", sem qualquer apoio comunitário", vincaram as partes envolvidas.