Caro Diretor, a melhor prenda de aniversário que tenho para ti é a garantia do meu empenhamento e de alguns dos nossos amigos no sentido de continuar a tua obra mantendo-nos fiéis aos princípios e valores pelos quais pautaste sempre a tua atuação.
Nos momentos mais delicados, antes mesmo de ouvir aqueles em quem me ensinaste a confiar, e nisso não te enganaste, eu pergunto a mim próprio – como agiria o meu Padrinho nesta situação em concreto? A resposta não se faz tardar. Não tem sido fácil, confesso, mas a carta de navegação que me entregaste é de facto muito precisa, e a não ser que eu me distraia muito, ela garante-me uma navegação segura e eficaz.
Ao longo destes cinco anos que estou ao teu serviço e da tua obra, conheci outras dimensões da vida e aproximei-me mais do que é essencial e naturalmente aprendi a distanciar-me do acessório. Procurei evitar o erro com toda a humildade porque tenho consciência de que os erros nesta área se pagam muito caros. Senti sempre por perto o peso que teria de carregar se me distraísse e me desviasse da rota. Lutei contra os ventos e as correntes para não me desviar do rumo que me traçaste na carta de navegação.
Decorridos estes anos, sinto o conforto de ter chegado a bom porto, mas não me esqueço de que um bom marinheiro não subestima as tempestades. Com a proteção da Senhora de Fátima que segundo um amigo nosso vos uniu através da tua dedicação à Virgem Maria e da devoção que esse nosso amigo tem para com Ela, com essa proteção e com muita fé, estou certo que saberei ser digno da confiança que em mim depositaste.
Sei do amor que dedicaste à tua obra, às tuas profissões, aos teus livros e ao exercício do jornalismo, quero finalizar esta mensagem que partilhamos com os amigos do Nosso Jornal, dizendo-te que esse amor é a fonte da minha inspiração no dia-a-dia.