Depois da saída prematura do SC Régua, praticamente no início da época passada, esteve um ano sem treinar e aproveitou para aprofundar estudos sobre o jogo e estar mais tempo com a família.
“Foi um ano estranho na minha carreira, nunca tinha estado tanto tempo sem treinar, mas deu para aproveitar e fazer outras coisas, como estar mais tempo com a minha filha”.
O despedimento prematuro da época passada não estava dentro das suas previsões.
“Fiquei com um pouco de mágoa, porque era a minha oportunidade no Campeonato de Portugal (CP). Não saí a mal com ninguém, continuamos todos amigos”.
Marco Martins reconhece que “é difícil montar uma equipa, tentamos contratar jogadores da Liga 3 e do Campeonato de Portugal, até tinham bastante experiência, mas não correu bem”.
Disse ainda que foi uma “experiência nova” para o Régua e “acredito que quando regressarem ao CP vai ser diferente, pois estamos sempre a aprender”.
Depois da saída de Tiago Nogueira, a comissão administrativa do Juventude de Pedras Salgadas convenceu o treinador a regressar ao ativo. “Gostei da abordagem, senti que querem o melhor para o clube e a ambição passa por regressar ao CP a curto prazo. Este ano é muito difícil, mesmo matematicamente”.
Se tudo correr bem, “a minha ideia é fazer mais uma época e atacar a subida na próxima”.
Sobre a equipa que tem em mãos, o treinador admite que a classificação “não reflete o valor da equipa. Gostava de ver algumas posições reforçadas e fazer alguns ajustes, nomeadamente no estilo de jogo, com jogadores mais possantes, rápidos”.
Sobre objetivos para esta temporada, Marco Martins diz ter sido “muito importante continuar na Taça AFVR, que é um objetivo, apesar de haver equipas muito fortes, como o Montalegre e o Régua, que são equipas diferentes e com outra capacidade”.
Sobre a arbitragem, o técnico disse que toda a gente “está muito sensível”. Foi expulso pela primeira vez na carreira esta época. “Mesmo quando somos educados, parece que não se pode falar com os árbitros, o que é problemático”.
Marco Martins admite que gostaria mais de um campeonato com uma fase de campeão, que tem jogos “muito mais interessantes e com outra qualidade”.
“Sei que muitos preferem todos contra todos, como treinador, prefiro esse modelo com fase de campeão, em que há objetivos para lutar”.
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