António Mota, presidente da Abeiradouro, manifestou, ao Nosso Jornal, o seu descontentamento com toda esta situação que pode colocar em causa a própria sobrevivência da associação. “Nenhuma associação sobrevive sem um espaço. Nem eu, nem os meus colegas somos eternos e para continuarmos com a actividade da associação, temos de ter instalações condignas”.
À porta que tem batido mais vezes é à da Câmara Municipal de Peso da Régua, porém esta ainda não conseguiu encontrar o espaço adequado. “Temos pedido à autarquia, mas reconheço que não é fácil encontrar um local com as características que precisamos. Não pretendemos um gabinete, precisamos de um espaço que possa ser de convívio para os atletas, amigos, associados, ou seja uma sede com alguma dignidade. Gostaríamos de crescer noutras vertentes, como promover danças de salão, por exemplo. No Peso da Régua não existe nenhum espaço para este tipo de actividade”, sublinhou.
A possibilidade de arrendar instalações também foi ponderada, segundo nos afirmou este dirigente. “Há edifícios disponíveis perto do rio, mas as rendas são caríssimas e nós não temos capacidade para pagar valores tão altos. Neste momento, já alugamos dois espaços, um para a carrinha e outro para os materiais, mas andamos sempre com a tralha às costas”.
A associação “Abeiradouro” assume-se como recreativa, cultural e desportiva, embora esta última vertente esteja ainda numa fase inicial. Ao longo do ano promove, na zona ribeirinha, algumas iniciativas, nomeadamente o espectáculo “Chuva de Estrelas” e a festa de “S. João do Rio”, que já é considerada a segunda maior festividade ribeirinha da cidade da Régua. No Natal, a associação instala um presépio junto ao rio e organiza uma festa alusiva à quadra (que se vai realizar no domingo) para as crianças, além da ceia de Natal onde se juntam os sócios, amigos e entidades.