“Trata-se de um néctar tipicamente da zona de Vila Real”. Foi assim que o enólogo da adega de Vila Real, Luís Cortinhas, definiu este vinho que, tal como os covilhetes, assume uma identidade vila-realense.
“O objetivo foi criar um vinho único e original que casasse muito bem com o covilhete, que é uma iguaria de Vila Real, com carne maronesa, gordura e massa folhada, pelo que teríamos de ter um vinho com uma acidez para cortar a gordura do covilhete, ao mesmo tempo que tivesse volume de boca e capacidade para aguentar essa proteína”, apontou, acrescentando que o mesmo foi criado com duas castas, a casta rabigato, uma característica das zonas altas de Vila Real, e também malvasia fina, que se assume como a casta rainha do Douro, tendo como principal objetivo dar volume de boca e intensidade.
O confrade Hilário Oliveira aproveitou para salientar a importância do evento para a afirmação do covilhete como um “produto de excelência” da região, referindo que a própria confraria tem sido um elemento crucial para a promoção não só do produto, mas também de todo o património histórico, cultural e social do concelho.