Quais são as duas grandes prioridades que defendem para o distrito?
Tendo em consideração que o distrito tem um tecido empresarial, na sua maioria, constituído por micro, pequenas e médias empresas, é necessário aliviar a carga fiscal que recai sobre este tipo de empresas para que se tornem mais competitivas e para que não sejam as grandes empresas ou grupos empresariais a dominar mercados e manipular preços ou salários, como acontece no caso da agricultura, onde quem nos “dá de comer” trabalha para que outros enriqueçam às suas custas.
A outra prioridade tem a ver com a mobilidade dos residentes de Bragança, onde vamos ter uma ligação de Alta-velocidade do lado espanhol, mas as nossas estradas continuam a ser do século passado.
Temos de investir nas estradas e autoestradas sem custos para o utilizador, até por uma questão de segurança rodoviária.
O setor da saúde atravessa uma fase conturbada. Na região, o que poderá ser feito para ultrapassar esses desafios?
Temos de mudar todo o conceito da contratação de profissionais de saúde do SNS, esse é o maior problema, pois existe uma total incapacidade de se conseguir fixar médicos.
A perda de população continua a ser um grave problema do interior do país. Que medidas defendem para combater este flagelo?
Não podemos ter “sol na eira e chuva no nabal”, temos de criar condições para motivar os empresários e as empresas da terra a investir e a terem retorno. Ninguém quer investir para perder dinheiro.
O distrito de Bragança tem falta de casas e, tal como no resto do país, este é um dos problemas para os quais o ADN tem um antídoto, que é, tal como consta do nosso programa eleitoral, fazer cumprir o artigo 65.º da CRP, efetivando a construção de habitação económica e social, como forma legítima de regular o mercado de arrendamento, via concorrência. É também necessário garantir habitação aos estudantes que vêm de fora do distrito ou mesmo aqueles que sendo do distrito não podem ficar a 2 horas ou mais de caminho diário (ida e volta) do Instituto Politécnico de Bragança.