“As obras deverão começar assim que seja assinado o contrato-programa de financiamento”, garantiu Carlos Moreira, presidente da direcção da Associação Humanitária dos Bombeiros Cruz Verde, adiantando que o projecto de ampliação e remodelação do Quartel “Albano Silva”, um investimento de cerca de 850 mil euros, deverá estar concluído em meados de 2011.
Segundo o mesmo responsável, “a candidatura está já aprovada, já foram entregues propostas para construção da obra, estando nesta fase a decorrer a selecção da empresa construtora pelo que, logo que o financiamento esteja oficializado, a obra será adjudicada começando de imediato a construção”, o que deverá acontecer até ao final do ano ou no início do próximo.
Com um apoio de 70 por cento por parte do Quadro de Referência Estratégico Nacional, o investimento restante ficará a cargo da Cruz Verde, que conta com “todo o apoio financeiro e logístico, já reiterado à direcção da Associação Humanitária”, por parte da Câmara Municipal de Vila Real.
“Com esta ampliação, a efectuar na actual parada, o quartel terá novas camaratas masculinas e femininas, balneários, salas de formação, cozinha, refeitório, gabinetes, arquivo, lavandaria, melhoria de entrada e acesso a todas as partes do edifício. Haverá outro local de parqueamento de viaturas pelo que as ambulâncias passarão a sair pela parte poente, libertando-se no parque actual espaço para as viaturas de fogo”, explica a corporação.
Apesar de considerar que a obra “cumpre os desígnios dos seus fundadores e o sonho dos seus 130 bombeiros, ao dotar o quartel com todas as condições para os seus homens”, Carlos Moreira sublinha que a construção de raiz de uma nova sede é um anseio que não foi colocado de parte. “A opção de ampliação foi a que se julgou mais acertada apesar da construção de outro quartel continuar a ser um sonho a concretizar a médio prazo. De facto, perante a informação de que não haveria viabilidade financeira para a construção de dois novos quartéis na nossa cidade, a Associação compreendeu que fosse dada essa prioridade à sua congénere, na medida em que nessas instalações não havia a possibilidade efectuar qualquer tipo de ampliação”, explicou o presidente da associação, frisando que a decisão teve ainda como base outros aspectos como “a prioridade de se poder continuar a dar uma resposta rápida de combate ao fogo em todo o centro histórico”, o facto de representar “um espaço social onde se continuam a reunir todos os bombeiros no activo, bombeiros mais antigos, os seus familiares, e muitos amigos” e mesmo a sua história. “Todos estes factores foram, sem dúvida, determinantes para que esta fosse a opção julgada mais correcta, oportuna e coerente com toda a política de planeamento e gestão rigorosa que são apanágio desta Associação”, frisou.
Mas, se a ampliação do quartel está a um passo de ser uma realidade, a Cruz Verde avança, desde já, com outro sonho a realizar “num horizonte muito próximo”, a construção do seu Centro de Formação.
Considerado “indispensável para a formação do Corpo Activo”, a futura infra-estrutura, a construir de raiz no terreno doado pela autarquia, situado na zona de Vilalva, junto às Escolas EB2,3 e Secundária, torna-se agora uma prioridade já que, a “ampliação do quartel, com a ocupação quase total da parada pelas novas instalações, impedirá que aí se continue a proceder à instrução e ao parqueamento de viaturas e outros equipamentos”.
Apesar de ainda não ter projecto, o Centro de Formação, que poderá vir a ser um pólo da Escola Nacional de Bombeiros (servindo assim bombeiros de outros concelhos), deverá contar com “uma sala formação, um espaço coberto polivalente, um laboratório de fogo para treino de combate a incêndios urbanos e industriais e uma zona envolvente que funcione também como parque de manobras, exercícios, simulacros”.