Depois de oito anos de actividade e de um investimento de 400 milhões de euros no desenvolvimento dos sistemas de abastecimento de água e saneamento na região transmontana, a empresa Águas de Trás-os-Montes e Alto Douro (AdTMAD) comemorou, no dia 28, o seu aniversário e o reconhecimento por parte da Associação Portuguesa de Certificação (APCER).
“Este é o culminar de um processo que começou em 2005 e que vem comprovar o nosso compromisso em melhorar cada vez mais o nosso desempenho”, explicou Artur Magalhães, presidente da Conselho de Administração da AdTMAD, referindo-se à certificação em Qualidade, Ambiente e Segurança.
Segundo o mesmo responsável, mesmo “sem concorrência”, a empresa tem vindo, ao longo dos anos, a apostar nestas três áreas para garantir o melhor serviço possível. “A empresa alterou completamente o aspecto da distribuição de água e o saneamento, contribuindo sempre com valores ambientais, de segurança e de satisfação”, sublinhou.
Relativamente aos oito anos de actividade, o presidente do Conselho de Administração faz um balanço muito positivo, realçando que a AdTMAD está na fase de conclusão de um projecto que envolveu um investimento de cerca de 400 milhões de euros, aproximadamente 90 por cento do investimento global, nos 31 municípios accionistas, isso sem “derrapagens financeiras ou temporais” significativas.
Responsável pela construção, gestão e exploração do Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água e de Saneamento de Trás–os-Montes e Alto Douro, a empresa foi criada com “o objectivo de satisfazer as necessidades da população da região, ao nível da quantidade e qualidade da água e aumentar os níveis de tratamento de águas residuais, melhorando assim a qualidade de vida e ambiental da região”.
Com o primeiro passo dado com a construção e recuperação de inúmeras infra-estruturas que garantem agora o abastecimento de água em alta, a fase seguinte deverá passar pelo abastecimento em baixa, que levará água até à casa dos cidadãos.
O projecto que já está a ser “concertado” entre os vários accionistas da empresa, exigirá o seu equilíbrio financeiro. “Temos um desafio importante pela frente, encontrar a sustentabilidade económico-financeira”, adiantou Artur Magalhães, justificando a actual fragilidade com a “não concretização de alguns pressupostos” iniciais, como por exemplo o nível de consumo e o volume da facturação.
O mesmo responsável explicou que através do empenho da empresa, dos seus accionistas e do novo Governo, será possível encontrar “uma solução que não passe pelo aumento das tarifas”.
“Este problema não é exclusivo da AdTMAD, é vivido pelas várias empresas da região interior do país”, frisou Artur Magalhães, mostrando-se no entanto confiante de que será possível assegurar o abastecimento de água até à casa dos transmontanos, em quantidade e qualidade, uma certeza já garantida quando se fala no abastecimento em alta.