“Espero que seja a consolidação de um projeto iniciado em 2013. Neste terceiro e último mandato queria consolidar o alto rendimento na vertente desportiva e a sustentabilidade e grau de desenvolvimento da natação alcançados nestes dois mandatos”, disse, à agência Lusa, o candidato único ao ato eleitoral.
O dirigente admite que “esperava salutar concorrência”, até porque esta implica “ter ideias, estar sob alerta sobre o presente futuro da natação”, contudo, essa ausência “não faz com que os objetivos sejam diferentes dos previstos na candidatura”.
“Queremos elevar ao mais alto patamar possível a natação portuguesa como uma das modalidades de maior densidade competitiva de todas as existentes (no país)”, sublinhou.
Com o adiamento dos Jogos Olímpicos para 2021, devido à covid-19, surgiu legislação no sentido de prolongar igualmente os mandatos das federações por um ano, contudo, a natação entendeu que esse não era o registo que mais interessava à modalidade.
Os diversos órgãos federativos “consideram que a avaliação do exercício de uma federação não se faz só pelos resultados nos Jogos Olímpicos”, assumindo que há “um conjunto de fatores a serem analisados” nessa tomada de decisão, pelo que entende que seria “errado protelar para 2021” essa consulta.
“Paralelamente, há objetivos a quatro anos para Paris2024, pelo que faz todo o sentido fazer as eleições agora”, reforçou.
Independentemente dessa decisão, António José Silva orgulha-se do trabalho feito, como o ter “levado a natação da 16.ª federação do país em termos de desenvolvimento da prática desportiva e alto rendimento para o número um em 2020, de acordo com os indicadores do IPDJ”.
“Passados sete anos a federação pode orgulhar-se de ser a segunda maior em termos de filiados, com 120 mil, e a primeira em termos de indicadores de desenvolvimento da prática desportiva e ter uma saúde financeira e sustentabilidade invejáveis entre as federações com estatuto de utilidade publica”, elogiou.
Para Tóquio promete um uma equipa “preparada para atingir os seus objetivos, que são os de bater os seus recordes pessoais, recordes nacionais, conseguir lugares nas meias-finais e, se tudo correr bem, uma final”.
Alexis Santos e Gabriel Lopes nos 200 metros estilos, Tamila Holub e Diana Durães nos 1500 livres e Ana Catarina Monteiro nos 200 mariposa são os nadadores já com 'passaporte' para Tóquio2020.
“Todos estes atletas têm condições de, com superação, atingir o objetivo da final. Seria redutor destacar algum. Todos têm condições”, vincou.
Quanto ao futuro do desporto nacional, desejou que a covid-19 “passe rapidamente” e que as federações desportistas “continuem organizadas no apoio aos atletas, clubes e associações”, censurando a que entende ser falta de apoio da tutela.
“Espero que o Governo tenha uma atenção diferente, especial para o desporto, que é coisa que não tem acontecido nos últimos tempos, não só antes da covid, mas mais reforçada com a emergência da covid-19”, criticou.
Quanto à federação, assume que está a fazer “os reajustes necessários” face à pandemia, mas tendo sempre em conta os “eixos estratégicos definidos”.