“Este roteiro tem a compilação de todas as intervenções e todas as valências turísticas que tem o parque Corgo, para além da natureza”, afirmou hoje a vereadora do pelouro do Ambiente da autarquia, Mafalda Vaz de Carvalho.
O parque Corgo situa-se nas margens do rio que lhe dá nome, tem uma área de cerca de 33 hectares e é muito procurado por pessoas que ali correm, caminham ou descansam.
Para arranjar “outros focos de atração” para esta zona, a câmara de Vila Real lançou em 2016 o projeto “Valorização Ecológica do Corgo”, num investimento de cerca de 280 mil euros, financiados em 85% pelo Programa Operacional Regional do Norte (Norte 2020).
O projeto teve como objetivo potenciar o parque sob a perspetiva da conservação, a nível da flora e fauna, e desenvolveu outras atividades para atrair mais públicos para este espaço.
O roteiro e a aplicação, agora lançados, incluem a identificação de todas as peças desenvolvidas no âmbito do projeto “Arte no Parque”, que desafiou artistas de ‘graffiti’ e ilustradores a desenharem murais, a criarem serigrafias ou instalações com o objetivo de promover a biodiversidade deste território.
O “Arte no Parque” juntou diversos criadores artísticos ligados ao movimento ‘street art’ e quis “conciliar tendências, vivências e histórias do território com a biodiversidade de Vila Real, centrada no espaço ribeirinho do rio Corgo”.
As obras são assinadas por artistas como Draw, Contra, Mots, Fedor, Third, The Caver, Bafo de Peixe, Hate, Neku, Pereira de Sousa, Eduardo Porto, Fátima Bravo e Daniel Souto.
Os artistas criaram peças e desenharam murais em que transmitem a sua visão sobre as espécies que habitam o território, como o lobo, a borboleta, a salamandra, a águia, o sapo, o morcego ou a raposa.
Segundo a vereadora, a aplicação móvel está acessível em três línguas: português, inglês e espanhol.
Na Agência de Ecologia Urbana está patente ao público uma exposição virtual também sobre o parque Corgo que mostra a origem do rio, um afluente do Douro que nasce em Vila Pouca de Aguiar, a sua evolução geomorfológica e biológica e a sua ligação à história da cidade, desde as lavadeiras à central hidroelétrica do Biel, a primeira de serviço público do país e que alimentou a rede local de distribuição de eletricidade até 1926.