"Os apoios são concedidos sob a forma de subsídio ao investimento e podem atingir um máximo de 150 mil euros por projeto – um aumento em relação aos 100 mil euros atribuídos na edição anterior – e um máximo de 5 mil euros por ideia inovadora", avançaram as instituições La Caixa e BPI.
Lançado em 2018, o programa Promove visa apoiar o desenvolvimento das regiões do interior de Portugal, distinguindo "projetos-piloto e ideias inovadoras, em domínios relevantes para o desenvolvimento das áreas onde se localizam e replicáveis noutras regiões com características semelhantes".
De acordo com informação da fundação La Caixa e do banco BPI, a 2.ª edição do programa, realizada em 2019, contou com 42 candidaturas de projetos-piloto e 16 propostas de ideias, "um aumento significativo face às 28 candidaturas de projetos-piloto registadas em 2018, ano em que foram premiados cinco projetos correspondentes a um valor total de perto de 400 mil euros".
Com base em três critérios de avaliação das candidaturas dos projetos, nomeadamente qualidade, efeitos no território e sustentabilidade económica e financeira, o júri da 2.ª edição do programa Promove selecionou oito projetos-piloto, distribuídos pelas regiões Norte, Centro e Alentejo.
Além disso, foram selecionadas "sete ideias apresentadas por estudantes de universidades e politécnicos do Norte e Centro, com potencial para se transformarem em projetos-piloto", em que os critérios de seleção foram a qualidade e exequibilidade, o grau de inovação e o potencial contributo para o desenvolvimento do território.
Entre os oito projetos-piloto selecionados na 2.ª edição do programa Promove estão a criação de um dispositivo tecnológico inovador composto por um aparelho inteligente para auxiliar os idosos na toma de medicação no domicílio, a mobilização do pastoreio como ferramenta de gestão de espaços naturais e de prevenção de incêndios, a valorização do anfiteatro da cidade romana de Ammaia no município de Marvão, e a investigação de novos processos, políticas ou infraestruturas de cooperação e partilha de dados médicos de pacientes entre unidades de saúde.
Outros dos projetos visam o desenvolvimento de uma plataforma de monitorização da atividade termal, a criação de laboratório experimental para a valorização dos recursos endógenos e dos subprodutos associados, a implementação de um sistema de monitorização e uma plataforma de conhecimento da qualidade da água do rio Guadiana e a instalação de uma solução eficiente e sustentável de gestão dos recursos hídricos.
Das sete ideias escolhidas destacam-se o apoio de visitas domiciliárias a utentes idosos, a criação de um dispositivo para a terapia da apneia obstrutiva do sono e o desenvolvimento de um processo biotecnológico, com desenho de um biorreator que recorre à utilização de uma bactéria capaz de degradar microplásticos.
Desde 2018 que a fundação espanhola La Caixa tem apostado em projetos em Portugal, consequência da entrada do banco BPI no grupo CaixaBank, destacando-se o investimento de 20 milhões de euros em 2019 para apoiar projetos sociais, de investigação, educativos e de divulgação cultural e científica.
O compromisso da fundação La Caixa é "alcançar um investimento de até 50 milhões de euros anuais nos próximos anos, quando todos os programas estiverem implementados e a funcionar em pleno", avançou a instituição, em comunicado.